O contrato de prestação de serviço de transporte coletivo em Ponta Grossa foi prorrogado por mais um ano com a concessionária, a Viação Campos Gerais (VCG). A iniciativa foi tomada através de um 'canetaço' da prefeita Elizabeth Schmidt (UB), sem ouvir a população e sem passar pelo crivo dos vereadores na Câmara Municipal.
O 17º aditivo ao contrato de concessão nº 143, de 2003, foi publicado na edição de segunda-feira (14) do Diário Oficial do Município, e pegou a população ponta-grossense de surpresa, uma vez que a vontade da imensa maioria, já manifestada em várias audiências públicas que trataram do tema, é pelo fim do atual contrato com a VCG.
Desde a gestão passada da prefeita Elizabeth Schmidt, os contribuintes ponta-grossenses pagam, mensalmente, um valor próximo aos R$ 4 milhões para a VCG, como subsídio para que o preço da passagem de ônibus seja mantido em R$ 4,00.
Justificativa
A justificativa para o 'canetaço' da prefeita é de que a frota de ônibus precisa ser renovada, e que a VCG carece ter garantias financeiras para comprar novos veículos, enquanto o processo para a nova licitação está parado na Justiça.
Entretanto, no aditivo não consta nem a quantidade e nem o tipo de ônibus a serem adquiridos. Ou seja, não se sabe ao certo qual é o valor a que se refere o aditivo.
Enquanto isso, o Município cresceu em novas vilas e condomínios, algumas linhas foram extintas e incorporadas a outras, e alguns locais em que os ônibus passavam de 15 em 15 minutos, atualmente passam de 40 em 40 minutos, fazendo as pessoas esperarem por muito mais tempo pelo serviço, que já era precário.
Mais uma lambança da Gestão Betinha, que parece viver de marketing e caminhar a passos largos para o caos. (Foto: Dpontanews)