Que a Educação é a porta de entrada para um futuro melhor, todo mundo sabe. Porém, em Ponta Grossa, esta máxima já está sendo colocada em prática, através da ampliação permanente do Ensino em Tempo Integral. Este novo formato das escolas municipais visa não somente oferecer mais e melhores conteúdos para os estudantes do município, mas também garantir a formação dos futuros profissionais, que irão construir a cidade do futuro – na gestão, administração e mão de obra qualificadas.
Além disso, a ampliação do Tempo Integral em Ponta Grossa obedece o Plano Nacional de Educação e o Plano Municipal de Educação. Segundo a Meta 06 do PNE, o objetivo é “Oferecer Educação em Tempo Integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da Educação Básica”. Neste sentido, o Plano Municipal, instituído pela Lei 12.213/2015, prevê “Ampliar progressivamente o tempo escolar dos anos iniciais da rede municipal de ensino, atingindo 100% dos alunos ao final desse decênio” (até o ano de 2025).
Meta nacional
A cidade já ultrapassou a meta nacional e está muito avançada na meta estabelecida pelo Conselho Municipal. Do total de 31 mil alunos matriculados, já são 60,7% estudando em tempo integral, no Ensino Infantil e Educação Fundamental. Contando somente o Fundamental, são 50% - 10 mil alunos no parcial e outros 10 mil no Integral. “Com o aumento da jornada escolar, estamos ampliando o currículo das crianças e oferecendo mais conteúdos e oportunidades para todos os alunos municipais, com alimentação de qualidade e condições de acesso igualitárias, independente de classe social”, observa a secretária de Educação, Esméria Saveli.
Ela conta que, com o Tempo Integral, os alunos dispõem de 6 horas de trabalho pedagógico diário – sendo 3h na sexta-feira –, o que tem se tornado essencial para o cumprimento de todos os conteúdos da Base Comum Curricular Nacional, que exige o fortalecimento do currículo. Além desta razão, Ponta Grossa se antecipa e desponta na qualidade de sua Educação.
Adaptação
Caso mães ou crianças tenham alguma dificuldade de adaptação nesta nova cultura, a SME fica à disposição para facilitar este processo. “A gente pensa sempre na criança. Caso exista alguma dificuldade na adaptação, a escola flexibiliza para ela, nesse início. Mas o mais importante é entender que o Ensino de Tempo Integral não é feito para atender os pais e as mães. Ele é feito para as crianças. Hoje a lógica do ensino é diferente daquela que nós tivemos quando éramos alunos. Mudaram as leis do país, com o objetivo de ampliar a formação escolar. E nós estamos não só cumprindo estas leis, como estamos acima da média em direção ao Ensino Integral de qualidade para todos”, relata a secretária Esméria.
Mães fazem opção pelo conhecimento
A enfermeira Raquel Ferreira de Mello reservou esta terça para matricular seu filho adotivo, Alerrandro, em sua nova escola. Ela entrou em contato com a Secretaria de Educação para garantir uma vaga em tempo integral. Raquel acredita que, no Ensino Integral, a criança está assistida em todos os aspectos. “No Integral, há mais tempo para o aprendizado. Eu acho isso muito importante para a criança e para os pais, porque com eles mais tempo na escola, as professoras desenvolvem mais atividades e sabemos que ele está em um lugar tranquilo, bem assistido”, afirma.
Raquel diz também que optaria pelo tempo integral mesmo que não trabalhasse, pensando na criança, que ficaria muito tempo ociosa em casa, mesmo com a mãe. “São vários fatores, mas se eu não trabalhasse, também colocaria ele no integral, pois em casa às vezes não podemos dar a devida atenção. Na escola ele terá mais conhecimento. Há mães que não acham importante, mas se avaliarmos, na escola ele terá mais acesso ao conhecimento, brincadeiras, tudo”, conta Raquel. (Com assessoria)