O pedido da Viação Campos Gerais (VCG) para aumento da passagem de ônibus em Ponta Grossa será avaliado nesta quarta-feira (07) pelos membros do Conselho Municipal de Transporte (CMT), em reunião na Secretaria de Planejamento, às 16h30. A concessionária se valeu de previsão em contrato para solicitar o reajuste, com base na planilha de gastos para execução dos serviços. A decisão cabe aos conselheiros, integrantes do Poder Público e da sociedade civil organizada, em votação. Ainda é possível que o Conselho requeira um prazo de 15 dias caso entenda necessário aprofundar o estudo da documentação.
Em 2017, a passagem subiu R$ 0,50, passando de R$ 3,20 para R$ 3,70. O aumento foi parar na Justiça e até o momento ainda não há uma decisão definitiva acerca do assunto.
Para o presidente do CMT, Helmiro Bobeck, o principal problema do transporte coletivo em Ponta Grossa está no fato de fazer com que as pessoas queiram, novamente, usar o serviço.
Valores no Paraná
O presidente do CMT evitou revelar dados, mas contou apenas que o grupo trabalha com três cenários diferentes de planilhas do transporte coletivo – dependendo de qual for acatada, o preço sugerido poderá deixar Ponta Grossa com uma das tarifas mais caras do Paraná. Em Curitiba, por exemplo, o passageiro paga R$ 4,25, em Maringá quem anda de ônibus paga R$ 3,60, já em Londrina o valor é de R$ 3,95, em Cascavel a passagem custa R$ 3,65 e, por fim, em Foz do Iguaçu o valor é de R$ 3,45.
Helmiro ressaltou ainda que é necessário dar “mais infraestrutura” para o sistema de transporte coletivo, com faixas exclusivas para os ônibus e a retirada de radares em semáforos, por exemplo. “O transporte realmente precisa ser prioridade para o Poder Público é preciso investimento para que o sistema volte a ter condições de ter um preço convidativo”, explica o presidente do CMT.
Nos últimos dez anos, o número de passageiros que usam o transporte coletivo, medido pelo índice de passageiros por quilômetro (IPK), tem caído em Ponta Grossa – esse é um dos principais aspectos que tem feito o valor da passagem subir. Na visão de Helmiro Bobeck, o próprio valor da passagem é um problema. “A passagem cara é um grande gargalo, as pessoas deixam de andar de ônibus e procuram outras opções de transporte, isso prejudica o sistema”, defendeu o Helmiro.
A empresa, que só se comunica através da assessoria de comunicação, se justificou alegando que o pedido por reajuste é previsto em contrato. (Com informações do Portal aRede!)