Serviços – telecomunicações e bancos – foi o setor que mais causou problemas aos consumidores de Ponta Grossa no ano passado. Obedecendo ao disposto na Lei 8.079/90, a Coordenadoria Municipal de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon) publicou nesta terça-feira a relação de fornecedores reclamados em 2017, com número de orientações, processos abertos e total geral por empresa.
No total, são cerca de 1.400 empresas ou conglomerados, que geraram reclamações no decorrer de 2017. A imensa maioria das reclamações foram atendidas no primeiro contato através do Procon, sem necessidade de abertura de processo administrativo. Nos casos em que os processos foram abertos, o índice de resolutividade também foi expressivo: de cada 100, 75 foram resolvidos nas audiências de conciliação.
Número expressivo
Os dados de janeiro a dezembro de 2017 representam também, segundo o coordenador do Procon, Edgar Hampf, um recorde: foram 9.304 registros, superando os pouco menos de 8.000 anotados em 2016. Número expressivo dos processos e audiências desenvolvidos pelo Procon, que faz parte da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública, foram ocasionados por falhas em serviços prestados por empresas de telecomunicações.
As quatro empresas com maior número de registros, pela ordem, são: Tim, Oi, Vivo e Claro. Em quinto lugar, aparece uma financeira (BGN/CETELEM). Integram ainda o bloco das 10 mais reclamadas em 2017, pela ordem: Sanepar, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Copel.
Topo
De acordo com o coordenador do Procon, há pouca variação no topo de lista: Tim e Oi foram também as primeiras no ranking de 2016. A Vivo superou este ano a Claro. Os demais integrantes do topo da lista são basicamente os mesmos: Itaú, Caixa, BGN e Bradesco. Sanepar e Copel não estavam entre as 10 mais, no período anterior. E a SKY, que era uma das campeãs, teve uma redução expressiva no número de reclamações, estando agora na 17ª posição entre as empresas com mais registros.
Também segundo o coordenador Edgar Hampf, os dados disponibilizados pelo Procon permitem ao consumidor verificar quais dessas empresas apresentam maior flexibilidade e rapidez na resposta às reclamações dos usuários. Em muitos casos, quase 80% das reclamações são resolvidas ainda na fase inicial do processo, assim que o consumidor procura o Procon e este aciona a empresa reclamada.
“Nosso objetivo é resolver problemas, não gerar processos ou aplicar multas. Nossa obrigação é atender o consumidor e ver satisfeitas suas demandas, se amparadas pela lei. Assim, ampliamos o setor de atendimento e conseguimos um índice bastante satisfatório de resolução imediata ou a curtíssimo prazo. Mais de 85% das reclamações são atendidas na hora ou em até 48 horas”, explica o coordenador.
Custos
Hampf também destaca que “todo o processo administrativo, além de consumir um tempo precioso do consumidor, implica em acionar uma estrutura respeitável, o que acarreta também custos para a administração, além de não se traduzir na resposta que o cidadão espera. Portanto, o que fazemos é empreender todo o esforço para solucionar as queixas de imediato”.
Por outro lado, o departamento jurídico do Procon, onde são analisados os processos e de onde saem as indicações para multas, também foi incrementado, reduzindo em muito o tempo de tramitação de cada processo e o volume de multas aplicadas. “As empresas também estão cada vez mais conscientes das penalidades que sofrerão se desrespeitarem os direitos do consumidor”, avalia o coordenador. (Fonte: PMPG)
Veja a lista divulgada pelo Procon: Lista