As candidaturas próprias do Partido dos Trabalhadores (PT), na pessoa do Professor Edson Armando Silva, e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), com o Professor Sergio Gadini, para a Prefeitura de Ponta Grossa, também têm como objetivo auxiliar suas respectivas chapas a vereador a eleger um representante na Câmara Municipal. Fato que, se acontecer, será um avanço para as duas legendas em questão.
Quando um partido lança candidato a prefeito, fica mais fácil de obter os chamados "votos de legenda", quando o eleitor vota no mesmo número para prefeito e vereador. Historicamente, os votos na legenda auxiliam na disputa pelas cadeiras da Câmara, aumentando o número de votos da chapa.
O PT busca retomar um espaço no cenário político em Ponta Grossa, manchado com os casos de corrupção em nível nacional e também pelo episódio envolvendo a ex-vereador Ana Maria de Holleben, acusada de ter cometido auto-sequestro em 2013 durante o período da eleição da Mesa Executiva da Câmara.
Com uma chapa completa de 29 candidatos, o PT conta com lideranças comunitárias, profissionais liberais e um ex-vereador, na pessoa de Gerveson Tramontim Silveira, que já foi presidente da Câmara.
O PSOL desde 2012 busca marcar território e ganhar espaço com as candidaturas próprias à Prefeitura, mas sempre pensando também em conseguir eleger o primeiro vereador pelo partido da história de Ponta Grossa.
Votação crescente
Em 2012 o candidato a prefeito foi o advogado Leandro Dias, que conquistou 6.937 votos, enquanto em 2016 Gadini foi pela primeira vez candidato, alcançando mais de 12 mil votos. Agora, a intenção é ampliar essa votação crescente e auxiliar, com os votos na legenda, a eleger um vereador. A chapa do PSOL tem 23 candidatos, sendo 15 homens e 8 mulheres.
Para este pleito, o partido apresenta uma novidade numa eleição a vereador em Ponta Grossa. São duas as chamadas 'bancadas coletivas' do partido. Em uma delas são quatro e na outra são três lideranças fazendo campanha ao mesmo tempo. O candidato é apenas um, conforme determina a lei eleitoral, mas os demais também auxiliam de forma conjunta na campanha. Em caso de eleição, todos vão participar nas tomadas de decisão do mandato.