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Sábado, 23 de novembro de 2024
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Projeto do Facebook para publicidade eleitoral chega ao Brasil

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Projeto do Facebook para publicidade eleitoral chega ao Brasil

O Facebook anunciou na última quinta-feira (28) que vai estender ao Brasil duas ferramentas já usadas nos Estados Unidos, para propaganda eleitoral. As campanhas precisarão se registrar e seus anúncios terão uma marca [tag]. Eles irão paralelamente para um arquivo de acesso público, com dados sobre sua produção, ficando disponíveis por sete anos. As informações são de Nelson de Sá de Folha de S. Paulo.

O registro, a ser realizado por candidatos, partidos, coalizões ou seus representantes, como determinado pela legislação eleitoral, será aberto em julho. As mudanças entram no ar em 16 de agosto, com a abertura oficial da propaganda eleitoral.

Questionada em entrevista coletiva por vídeo, desde Menlo Park, sede da empresa na Califórnia, a diretora de Operações do Facebook, Sheryl Sandberg disse que o Brasil é o primeiro país fora dos EUA com as ferramentas eleitorais, mas que outros virão.

"Tentamos priorizar as coisas para as eleições, daí o Brasil", afirmou. "Estamos nos movendo o mais rápido possível. É um bocado de trabalho."

Rob Leathern, diretor de Gerenciamento de Produto do Facebook, acrescentou que ainda não é possível dizer quais dados de anúncios políticos serão divulgados no arquivo público.

Ele não pode garantir, por exemplo, que o público terá acesso ao valor gasto pelas campanhas com cada um dos anúncios --como acontece nos EUA, que têm eleições legislativas neste ano. "Como é novo no Brasil, vamos aprender juntos", respondeu Leathern.

"Nas próximas semanas, vamos anunciar o que poderá ser diferente dos EUA", acrescentou. "Obviamente, estamos em contato com os reguladores [brasileiros, como a Justiça Eleitoral] e também com outros agentes, então teremos mais detalhes."

No fim da entrevista, Diego Dzodan, vice-presidente para América Latina e que deixará a rede social em setembro, ressaltou o fato de o Brasil "ser o segundo país no mundo" a adotar as ferramentas, que vão "dar visibilidade", até mesmo para a imprensa, ao que os candidatos estão promovendo na rede.