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Sábado, 19 de abril de 2025
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Política 17/04/2025

Mesmo com a Polícia, vereadores de PG são impedidos de fiscalizar aterro

Membros da CEI do Lixo foram barrados ao visitarem aterro que recebe lixo da cidade. Empresa responsável mantém contrato bilionário com a Prefeitura de PG

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Mesmo com a Polícia, vereadores de PG são impedidos de fiscalizar aterro

Os vereadores Professor Careca (PV) e Teka dos Animais (União Brasil), membros da Comissão Especial de Investigação (CEI) criada para investir o contrato da coleta de resíduos em PG, foram barrados ao tentarem fiscalizar o Centro de Tratamento Vila Velha, que fica em Teixeira Soares, na manhã desta quinta-feira (17) - nem acionando uma viatura da Polícia Militar (PM) os parlamentares foram autorizados a ingressar no local que recebe o lixo produzido em Ponta Grossa.

A Ponta Grossa Ambiental (PGA), uma das empresas do grupo que controla o aterro, mantém um contrato bilionário com a Prefeitura e tal contrato é alvo de uma investigação dos parlamentares. “Chegando aqui fomos questionados sobre avisar previamente, não há cabimento a gente enviar um ofício avisando que vai fiscalizar, não faz qualquer sentido prático”, criticou o presidente da CEI, Professor Careca.

Teka dos Animais, relatora da Comissão, também mostrou indignação com a situação. “Já pensou ter que enviar ofício com data e hora de uma fiscalização? Nunca vi isso na vida, não faz o menor sentido a gente ter que avisar para a empresa o dia e a hora que iremos fiscalizar. Se houver algo de errado é claro que eles vão arrumar tudo antes para aparentar normalidade”, conta Teka.

Mesmo acionando uma viatura da PM, a empresa responsável pelo aterro impediu a entrada dos vereadores e da equipe que os acompanhava. “Nós registramos um boletim de ocorrência e vamos levar isso ao conhecimento do Ministério Público”, contou Careca. Na semana passada, os vereadores membros da CEI já haviam visitado à Usina de Lixo sob comando da empresa sem aviso prévio e encontrado várias irregularidades.

Uso de EPI

No local, colaboradores da PGA e da Zero Resíduos, empresa do mesmo grupo, justificaram que não podiam autorizar a entrada dos parlamentares pela ausência do aviso prévio e também pela ausência de EPI. No entanto, Careca rebateu: “Você vai em qualquer empresa grande tem EPI para visitante lá disponível, imagina agora ter que mandar ofício pedindo bota tamanho 39 e capacete M, não faz sentido algum”, disparou Careca. (Com assessoria. Foto: Afonso Verner)