O Grupo aRede encerrou a série de sabatinas com os candidatos à Prefeitura de Ponta Grossa, para as eleições de 2024, na manhã desta sexta-feira (27). O último entrevistado foi o candidato a prefeito Magno Zanellato (Novo). As sabatinas iniciaram na segunda-feira (23), com os demais candidatos: Marcelo Rangel (PSD), Elizabeth Schmidt (União), Mabel Canto (PSDB) e Aliel Machado (PV). A iniciativa tem Doc.com como parceiro.
GESTÃO - De início, Magno destacou que planeja fazer uma gestão da Prefeitura de Ponta Grossa, com eficiência e diminuição de interferência política no atendimento dos servidores públicos. “Sem eles estarem pressionados por questões políticas para prestação de serviços para a população. Infelizmente, muitos projetos não prosperaram, porque para mim é uma grande dificuldade na política, o jeito dos políticos interpretarem como se deve ser feito política”.
VEREADOR - Segundo o candidato, executivo, na época, teve um problema sério: a pandemia. “Sou médico, pneumologista e, em uma situação tão grave como foi a pandemia, não só para a nossa cidade, mas para o Brasil e para o mundo, o prefeito nunca trocou uma ideia a respeito da pandemia com a população”, comentou. Magno diz que a falta de comunicação é uma coisa muito ruim na política. “A sociedade foi deixada de lado do interesse político, várias vezes. A aproximação, para mim, não é afirmar que a partir de hoje sou dessa situação, mas você não pode ser favorável a alguns projetos e ser desfavorável aos outros”.
ADVERSÁRIO - Quando questionado sobre os seus adversários, Magno relatou que vê muitas falhas no governo Marcelo Rangel. “São muitas coisas que ele prometeu e não resolveu. Acredito que na área de saúde, isso passou porque a atual gestão e a do Marcelo Rangel eram aliadas. Eles falavam a mesma língua e têm um entendimento principalmente da área de saúde”. Ele finalizou dizendo que a área de saúde sempre absorveu muito custo e apresentou pouca eficiência.
SAÚDE - Sobre o sistema de saúde da cidade, o candidato destaca que é médico há 30 anos. “Trabalhei em todas as estruturas de atendimento hospitalar, só não trabalhei em unidade básica de saúde. Recebo até hoje, diariamente, queixas de pessoas que têm familiares que estão com problemas, não só no posto de saúde, mas também no agendamento da sua consulta”. Para Magno, emergencialmente, é preciso resolver o problema de vagas hospitalares na cidade. “É inadmissível, no meu ponto de vista, um cidadão de Ponta Grossa, que precisa de uma vaga, atender uma fratura em Arapoti”.
O candidato ressaltou que, durante os quatro anos, fará a capacitação desses profissionais. “A situação, hoje, é de uma pessoa que está doente e chega na Unidade Básica de Saúde (UBS) e talvez o médico não tenha conhecimento sobre o que ela tem e passa para outro. Terá um clínico geral que encaminhará o paciente para o centro de especialidades”.
Magno destacou que irá realizar uma central de farmácia, onde o médico liberará a receita para o paciente. “Isso acontecerá na central de farmácia ou na própria UBS, perto de sua casa. Muitas vezes, podemos colocar um agente voluntário de saúde, para pegar o remédio e levar na casa do paciente. Então é algo que desenvolveremos para ampliar a saúde básica”. Além disso, o candidato afirmou que criará o 'Carretão da Saúde'. “Será um caminhão com médico, fisioterapeuta, fonoaudióloga, nutricionista e dentista, para atender as crianças das escolas”.
PORTE DE ARMA - Magno diz ser a favor de que a pessoa tenha o direito de defesa. “As pessoas têm que ter liberdade de poder falar, de poder comprar o que quiser, de poder fazer. O Estado não tem que ficar colocando a mão no cidadão e falando o que ele tem que fazer ou não tem que fazer, como proibir”.
SEGURANÇA PÚBLICA - Para o candidato, o efetivo policial é, sem sombra de dúvida, algo que atende muito a criminalidade. “E a polícia sabe onde são pontos de criminalidade nas cidades. Você pontua onde sabe que tem concentrações de pessoas, dependentes químicos, em lugares dentro da nossa comunidade”. Magno confirma ser necessário aumentar o efetivo policial. “A gente acompanhou a gestão passada e aumento de efetivo por parte do município. Mas tem que haver essa integração. Segurança pública, nós temos que tentar realmente a integração da Guarda Municipal com a Polícia Militar e a Polícia Civil, além de ter muitas câmeras”. Ele finaliza dizendo que ampliará a monitorização de câmeras na cidade. “Isso traz muitos subsídios para a elucidação do crime, para diminuição da criminalidade. A Polícia consegue, muitas vezes, ir rapidamente até o autor do crime, através das câmeras de segurança”.
APOIO - Quando questionado sobre o dinheiro usado para investir em ligações interbairros, como pistas exclusivas para ônibus e para motoristas de aplicativo, Magno informou que terá representações, no Governo do Estado e no Governo Federal. “Vejo um candidato que só fala que fará tudo com o dinheiro do governo federal, tem outro candidato que fará tudo com o dinheiro do governo do Estado. Nós também achamos que esses governos são competentes e virão com recursos”. No entanto, ele declara serem obras grandes, mas diz precisar do apoio de deputados para trazer os recursos.
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA - Para Magno, existem muitos terrenos, em Ponta Grossa, que podem ser trocadas com o setor privado. "Você vai do lado de uma vila, onde tem praticamente um arroio, muito mal instalado. E faz com que aqueles moradores tenham insegurança na parte de saneamento, de energia elétrica, que nem a alimentação não tem. Mas do lado tem uma área enorme, aquela área deve ser privada". Na sequência, ele utilizou como exemplo a área do antigo Mercado Municipal. "A gente não pode fazer uma troca de terrenos, assim como a compra daquele terreno que a prefeitura tem necessidade de usar. Então, nós podemos fazer uma parceria público-privada e fazer um empreendimento que tire todas as pessoas da área de risco".
ABORTO - O candidato afirmou ser completamente desfavorável ao aborto. "Acho que o nosso sistema, o nosso Supremo Tribunal Federal, está entrando em questão do legislativo. É uma corte que é mais política do que jurídica". Magno diz que quem está mexendo na questão do aborto são grupos políticos. "Para mim, é inconcebível tirar uma criança com 20 semanas da barriga da mãe, mesmo que seja em questão de estupro. E você considerar que aquele feto não é uma vida, isso para mim, não dá".
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