Para enfrentar o número crescente de casos de dengue a Prefeitura de Ponta Grossa vai manter abertas, com funcionamento ininterrupto, as três unidades-sentinela instaladas em pontos estragéticos. Na manhã deste sábado (4), a prefeita Elizabeth Schmidt comandou reunião de um comitê de crise, na sede da Fundação Municipal de Saúde, para reforçar as ações e intensificar todos os protocolos de enfrentamento da dengue.
As ações incluem desde o reforço na eliminação do mosquito transmissor até a disponibilização de três unidades exclusivas para atendimento dos casos dengue, além da suplementação dos atendimentos nas unidades de pronto atendimento (UPAs) Santa Paula e Santana.
As unidades Sentinela são a Rômulo Pazinato (Nova Rússia), Cyro Garcia de Lima (Oficinas) e Conrado Mansani (Uvaranas). A partir desta quarta-feira elas irão operar exclusivamente para atendimento dos casos de dengue e funcionarão ininterruptamente, 24h por dia, sete dias por semana.
Os pacientes com outras demandas estão sendo, nesse intervalo, direcionados para outras unidades de referência. A prefeita também anunciou que o Laboratório Central da Prefeitura, que analisa os testes de dengue coletados nas unidades de saúde e UPAs, vai da mesma forma operar ininterruptamente. Com esse novo protocolo, casos menos graves de dengue, poderão ser atendidos nesses pontos, sem a necessidade de encaminhamento para outros estabelecimentos.
“E isso é só uma parte do processo”, avisa a prefeita.
As equipes da Fundação Municipal de Saúde, que já estão operando em visitas domiciliares nos bairros, vão ser reforçadas por novos trabalhadores, atuando diretamente na eliminação dos focos do mosquito transmissor. “Temos que atuar em todas as pontas: eliminar o mosquito, reduzir a transmissão e atender com rapidez os infectados”, aponta Elizabeth.
No correr da semana serão intensificadas as ações nos pontos mais problemáticos, onde o monitoramento da Fundação Municipal de Saúde revelou que existe maior concentração de mosquitos e focos de transmissão. Esses locais terão ações redobradas para reverter a curva de contaminação: “teremos mais pessoal, mais trabalho e mais ações, porém precisamos que cada pessoa colabore, eliminando os focos do mosquito”.
A Prefeitura também está cobrando do Governo do Estado reforço urgente de insumos. Tanto os produtos químicos empregados para matar o mosquito como as bombas de aspersão que são fornecidos exclusivamente pela Secretaria de Estado da Saúde.
O produto é aplicado utilizando-se bombas costais, mas o número disponibilizado para a cidade é baixíssimo. “Temos apenas três bombas dessa, para cobrir a cidade inteira, e uma quantidade absurdamente baixa do produto”, informa a presidente da Fundação de Saúde, Priscila Degraf.
Além desses insumos, a prefeita está solicitando do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, para solicitar providências adicionais. “Ponta Grossa precisa, e com urgência, desses insumos e também de outras providências, inclusive a disponibilização de mais leitos hospitalares. Essa responsabilidade é do Estado; quem controla todo o fluxo de pacientes das unidades de pronto-atendimento para os hospitais é a regulação estadual. Se temos pacientes ainda à espera de leitos, é porque a regulação não está sendo efetiva”, destaca a prefeita.
Ainda durante a reunião, a prefeita tentou falar com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto – porém sem sucesso. “Esperamos e precisamos da atenção do governo estadual, da Secretaria de Saúde, para com nossa cidade”, anotou Elizabeth.
Nas ações de reforço nas áreas mais sensíveis estarão trabalhando, além de agentes da Saúde, também integrantes da Defesa Civil, que vem atuando diretamente com a Fundação de Saúde nas ações de prevenção, e também servidores de outras pastas, bem como voluntários e alunos do curso de preparação da Guarda Municipal, que já se somaram aos mutirões nos bairros em outras operações.
“Todos juntos, prefeitura e população, com inteligência e sem demagogia, vamos enfrentar e vencer mais esse desafio. A dengue é um problema evitável, e vamos dispor de todas as ferramentas para reduzir o índice de infeções e de atender o mais rapidamente possível as pessoas já atingidas pela doença. Mas é preciso comprometimento integral, de todos”, avisa Elizabeth. (Com assessoria)