Está marcado para o próximo dia 1º de abril o julgamento do senador Sergio Moro (União Brasil) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), diante da denúncia realizada pelo PL e pela federação PT, PCdoB e PV, de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação social na pré-campanha das Eleições 2022.
Como o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná é pela cassação de Moro e, também, do seu suplente Luís Felipe Cunha, a perda do mandato do ex-juiz é tida como certa no meio político paranaense. Desta forma, aqueles que querem ocupar o cargo diante da possibilidade de vacância estão se articulando nos bastidores.
Por se tratar de um cargo entre os 81 senadores da República, será a típica briga de "cachorro grande".
Postulantes
Entre os postulantes, está o secretário de Estado da Indústria e Comércio, o deputado federal Ricardo Barros (PP). Presente na última reunião da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), em Carambeí, Barros expressou a sua intenção de ser candidato em caso de cassação de Moro para os prefeitos e lideranças presentes.
Ainda pelos lados do Governo do Estado, outro que pretende lançar candidatura é o ex-deputado federal Paulo Martins (PL), que disputou a eleição para o Senado em 2022 com o apoio do então presidente Jair Bolsonaro e ficou em segundo lugar. Recentemente, Martins passou a integrar a equipe do Governo Ratinho Junior.
Ainda em relação ao PL, fala-se da possibilidade de candidatura da ex-primera Michelle Bolsonaro, que juntamente com o ex-presidente analisam a transferência do seu domicílio eleitoral do Rio de Janeiro para o Paraná. Pela legislação eleitoral, isso tem o prazo de até 6 de abril para ocorrer a tempo de participar das eleições. Certamente, seria um nome de peso na disputa.
Outro nome que pode aproveitar para tentar voltar ao Senado é o de Álvaro Dias (Podemos), que ficou em terceiro lugar nas Eleições 2022, depois de uma longa trajetória como senador.
Pelo lado da esquerda, a possível candidata é a deputada federal e ex-senadora Gleisi Hoffmann (PT). Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi tem percorrido os municípios paranaenses no sentido de mobilizar a base militante.
Outros nomes ainda podem surgir, é claro, se a cassação de Moro efetivamente se confirmar.
Uma eleição suplementar no caso da vacância do cargo no Paraná deve ocorrer juntamente com a ida às urnas para as Eleições Municipais 2024, que acontecem no próximo dia 6 de outubro.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado