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Cidades 27/01/2023

Procurador da Câmara de Jaguariaíva é condenado em júri popular por tentativa de homicídio

Decisão da Justiça ainda determina que Nivaldo Lucas Filho, procurador na Câmara de Vereadores de Jaguariaíva, seja exonerado. O filho, Nivaldo Lucas Neto, também foi condenado

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Procurador da Câmara de Jaguariaíva é condenado em júri popular por tentativa de homicídio

Após um julgamento de mais de 15 horas, o procurador da Câmara Municipal de Vereadores de Jaguariaíva, Nivaldo Lucas Filho, foi condenado, junto com o filho Nivaldo Lucas Neto, pela tentativa de homicídio contra Renato Taques Mussi, ocorrida em março de 2009.

A decisão do júri, proferida na madrugada desta sexta-feira (27), no Fórum do município, condenou o pai a seis anos e três meses de prisão e o filho à pena de cinco anos e três meses de reclusão. Ambos cumprirão a pena em regime semiaberto.

Além disso, a Justiça ordenou a exoneração de Nivaldo do cargo de procurador do Legislativo e também determinou a utilização de tornozeleira eletrônica por ambos os condenados.

“A presente condenação por crime é incompatível com o exercício e a honorabilidade do cargo público de Procurador da Câmara de Vereadores de Jaguariaíva, de quem se espera conduta ilibada, bem como incompatível com a honra, nobreza e dignidade da advocacia, por isso decreto a perda do cargo público ocupado pelo acusado Nivaldo Lucas Filho”, confirma a decisão.

Para o advogado Fernando Madureira, que atuou como assistente de acusação e representa a vítima das agressões há 14 anos, "a condenação dos acusados era esperada, visto que a tentativa de homicídio ocorreu de maneira extremante covarde, pois a vítima foi alvejada por diversas vezes enquanto estava caída no chão e após quando terceiros tentavam levá-la para o hospital um dos réus tentou a impedir o socorro", relembrou Madureira.

O caso

Segundo o inquérito do Ministério Público (MP), a tentativa de homicídio ocorreu por conta de uma desavença entre Nivaldo Filho e Renato, que já vinha ocorrendo há algum tempo. Em 15 de março de 2009, após novo desentendimento em um bar na rua Nicanor Soares, Nivaldo e o filho saíram e retornaram ao local em um Chevrolet Celta "já partindo para cima da vítima, passando a agredi-la com socos e pontapés, tendo a vítima caído ao chão.

Neste instante, enquanto o denunciado Nivaldo Netto agredia a vítima, o denunciado Nivaldo Filho, já de arma em punho, disse à Renato: "Mexa comigo agora!", passando a efetuar disparos de arma de fogo contra a vítima, a qual estava caída no chão", revela a denúncia.

As agressões continuaram mesmo após a vítima caída e ferida. "Ao tentar se levantar e se desvencilhar das agressões praticadas, Renato foi novamente alvejado pelo denunciado Nivaldo Filho, que efetuou outros dois disparos, descarregando a arma de fogo contra a mesma, que não conseguiu se levantar", completa.

A vítima só conseguiu ser levada ao hospital após ajuda de testemunhas que levaram Renato até o seu veículo. Ainda sim, segundo o MP, a vítima foi agredida e ameaçada. "Você não conhece o Dr. Nivaldo. Isso é pra você saber quem é o Dr. Nivaldo", teria dito o procurador. (As informações são do Portal aRede)