Em meio a aprovação do orçamento do Governo do Paraná para 2023, na tarde de segunda-feira (5), quem roubou a cena na sessão plenária na Assembleia Legislativa (Alep) foi o deputado estadual ponta-grossense Plauto Miró (União Brasil). O parlamentar, que busca uma nova reeleição no pleito deste ano, foi à Tribuna da Alep e expôs um racha interno no partido que pertence, além de não poupar críticas ao fundo partidário - principal fonte de financiamento das campanhas eleitorais no país atualmente.
“Esse novo partido que fiquei é um lixo, é uma vergonha”, disparou Plauto Miró, se referendo as decisões da executiva estadual da sigla, atualmente sob a liderança da família Francischini. “Um partido que é dirigido por uma família que faz o que quer com a sigla”, enfatiza o ponta-grossense, que também criticou a própria composição do partido para as eleições. “Vejo partidos que dialogam com seus candidatos, têm suas chapas com candidatos a deputado federal, deputado estadual, mas o nosso ficou um lixo. Muito mal dirigido, só pensando no interesse próprio”, disse Plauto em seu discurso.
Fundo Partidário
Em outro trecho da fala, Plauto Miró destacou a forma equivocada, na visão dele, que o União Brasil estaria utilizando o fundo partidário nas eleições deste ano. “Vários deputados que vieram do Democratas não têm direito ao fundo partidário, só os cupinchas (sic) daqueles que dirigem. E é por isso que não vou usar”, ressalta. Lembrando que o atual União Brasil é resultado da fusão entre os partidos Democratas e PSL, que agora utilizam o número 44 – antigamente pertencente ao PRP.
“Esse fundo partidário virou uma grande sacanagem, uma negociata entre os dirigentes partidários e seus filiados”, disse o parlamentar, acusando ainda a executiva estadual do partido de relacionar o repasse de recursos a contratação de empresas e escritórios específicos para prestação de serviços. “Não vou participar dessa p... que está acontecendo no partido que fiquei, fiquei para manter uma tradição de sempre estar na mesma sigla partidária”, lembrou o ponta-grossense, que iniciou sua trajetória política no extinto Partido da Frente Liberal (PFL) nos anos 80.
Demagogia?
Fechando o discurso, Plauto Miró arrancou aplausos do plenário com a frase “Saudades da velha política, que não tinha essa putaria que virou a política brasileira”, finalizou. O discurso ‘agradou’ tanto alguns colegas de assembleia que o deputado estadual Arilson Chiorato (PT) brincou: “se o deputado Plauto quiser usar o horário da oposição, a gente cede para ele”, disse. (As informações são do Portal aRede)
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Foto: Reprodução TV Alep