Uma equipe formada pelo coordenador de Tecnologia Eleitoral, Rafael Azevedo, e por dois chefes de área da Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou, nesta terça-feira (19), o funcionamento de componentes da urna eletrônica a uma dezena de pré-inscritos no Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico de Votação. A sexta edição do TPS será realizada de 22 a 26 de novembro em ambiente preparado na sede do TSE, em Brasília.
Os técnicos desmontaram uma urna eletrônica modelo 2015 (UE 2015) para detalhar aos participantes os componentes do hardware e dos softwares dentro do equipamento. A urna 2015 será o modelo utilizado pelos investigadores durante o TPS 2021.
A abertura da urna atendeu a um pedido feito por Lucas Pavão de Carvalho Xavier, um dos pré-inscritos no TPS. Na ocasião em que fez o pedido, a Comissão Reguladora do Teste Público ofereceu aos demais pré-inscritos a oportunidade de acompanharem a desmontagem da urna e a explicação dos especialistas do TSE. Lucas é desenvolvedor de hardware e software.
Segundo Rafael Azevedo, a oportunidade permitiu explicar aos participantes todas as interfaces disponíveis na urna eletrônica, as tecnologias empregadas e o motivo de nela haver determinadas características, tudo para que pudessem entender aspectos de segurança e de funcionalidade específicos.
“A equipe de software do TSE já tem explicado isso aos investigadores, por meio de várias apresentações. Assim, eles conseguem ver literalmente como é que funciona a segurança da urna e como é que o equipamento foi projetado”, esclareceu Azevedo.
Ele assinalou que essas apresentações prévias ajudam na hora da execução dos planos de testes dos investigadores durante o TPS. “Eles dominam muito a parte de segurança, de tecnologia da informação, mas precisam se aproximar da nomenclatura e da arquitetura da urna eletrônica, que é muito diferente do que existe no mercado”, disse o coordenador de Tecnologia Eleitoral.
Também participaram a chefe da Seção de Gestão Integrada de Tecnologia Eleitoral (Segitec), Érika Cardoso, e o chefe da Seção de Segurança de Hardware da Urna Eletrônica (Segele), Luís Augusto Consularo.
Ao final da exposição da equipe do TSE, Lucas Xavier afirmou que a iniciativa ajudou bastante a compreensão da urna. Ele informou que recebeu também documentações técnicas sobre o assunto. “Visualizando, a gente percebe as características de blindagem contra qualquer tipo de adulteração que fosse feita externamente ao circuito ou às informações da urna”, pontuou.
Pré-inscrições
Na fase de pré-inscrição do TPS, o TSE recebeu 39 pedidos de investigadores interessados em avaliar o sistema eletrônico de votação em busca de vulnerabilidades, com o objetivo de colaborar com a segurança e a transparência do sistema, que será utilizado nas Eleições 2022.
Foram registradas pré-inscrições de sete grupos e de 16 investigadores individuais. Eles têm até o dia 25 de outubro para apresentar os planos de ataque que pretendem executar durante o TPS 2021.
Até esta sexta-feira (22), os participantes poderão examinar o conjunto de arquivos de texto em linguagem de programação que contém todas as instruções que devem ser executadas para colher, armazenar, contabilizar, transmitir e totalizar os votos das Eleições 2022. (Com assessoria)