Nenhuma das testemunhas indicadas pela defesa do vereador Valtão (PRTB) compareceu para depor nesta terça-feira (13) na Comissão Parlamentar Processante (CPP). De um total de 10 testemunhas e 3 informantes, seriam ouvidos hoje aquelas que a exemplo do vereador também estão em prisão domiciliar.
Todas foram alvo da Operação Saturno do Gaeco, em dezembro de 2020. São elas os empresários da empresa Cidatec: Alberto Abujamra Neto, Antônio Carlos Domingues de Sá e Celso Ricardo Madrid Finck, além do empresário e comunicador João Carlos Barbiero.
No processo que tramita na Vara Criminal, os empresários são acusados de pagarem propina a Valtão, por intermédio de Barbiero, com o intuito de serem beneficiados no relatório final da CPI que investigou o contrato da Cidatec para confecção e operacionalização do EstaR Digital em Ponta Grossa.
Segundo nota enviada à imprensa pela assessoria da Câmara, a CPP está avaliando o procedimento a ser tomado em relação ao não comparecimento das testemunhas. Caberia à defesa de Valtão garantir a ida delas para depor. Foi colocado à disposição pela CPP um link para que as testemunhas pudessem prestar esclarecimentos de forma remota. Porém, isso também não foi possível.
O Departamento Jurídico da Câmara deve ser acionado pelo presidente da CPP, vereador Filipe Chociai (PV), para que se manifeste sobre o procedimento a ser adotado.
Estão agendadas para a próxima terça-feira (20) as oitivas das demais testemunhas arroladas pela defesa e mais os informantes. As testemunhas indicadas pelo PRTB municipal, autor do pedido de cassação por quebra de decoro, foram ouvidas na terça-feira (6) passada.
Depois de ouvidas as testemunhas, o relator da CPP, Izaías Salustiano (PSB), deve apresentar o relatório final, juntamente com o presidente Filipe Chociai e o membro Léo Farmacêutico (PV). Caberá ao plenário da Câmara decidir pela cassação ou não de Valtão. O vereador está em licença não remunerada do cargo.