As primeiras doses da vacina contra a Covid-19 chegaram em Ponta Grossa, na 3ª Regional de Saúde, na terça-feira (19) desta semana. O processo de imunização do grupo prioritário (profissionais da saúde da linha de frente de enfretamento ao vírus, idosos que vivem nas Instituições de Longa Permanecia (ILPIs) e indígenas) começou de forma imediata, no mesmo dia.
Nesta primeira leva, a 3ª Regional de Saúde, que abrange 12 municípios da região - com população de 660 mil pessoas -, recebeu 6 mil doses da vacina CoronaVac, de um total de 242 mil doses destinadas ao Paraná. Com a informação nesta quinta-feira, de que virão da Índia mais 2 milhões de doses da vacina de Oxford-AstraZeneca para o Brasil, Robson Xavier explica que o Paraná terá direito a cerca de 5% desse montante, perto de 100 mil doses. "A distribuição é feita com base na população de cada estado. Como o Paraná representa 5% da população do país, recebe esse percentual em doses", afirma.
O chefe da 3ª Regional ressaltou ainda na entrevista que toda vacina que passa pelo crivo da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) é segura. Até o momento, tanto a CoronaVac, quanto a Oxford-AstroZeneca, receberam a liberação para uso emergencial no país.
Indagado sobre quando toda a população do Brasil receberá a vacina, Robson disse que há estudos que mostram um total aproximado de 12 meses para que isso ocorra, a depender do ritmo de produção. Segundo ele, o Brasil aguarda insumos da China ou da Índia para que o Instituto Butantan e a Fiocruz possam produzir em larga escala. "Somente o Butantan tem previsão de produzir de 700 mil a 1 milhão de doses diárias", contou.
Robson Xavier ressalta ainda que as pessoas devem manter os cuidados básicos contra a transmissão do vírus, com álcool em gel, máscara e distanciamento, evitando aglomerações, mesmo aquelas que já tenham contraído a doença ou que estão vacinadas. "A vacina não é um salvo conduto para deixar de adotar as medidas de contenção da doença", afirma.
Confira a entrevista na íntegra: