Desde 2015, Ponta Grossa conta com uma máquina que permite a compactação Poliestireno Expandido (EPS), popularmente conhecido pela marca comercial Isopor, para a reciclagem e reaproveitamento desse material em outros setores. Até então, esse resíduo era descartado juntamente com o material orgânico no Aterro Botuquara. Nos últimos cinco meses, a reciclagem desse material nas associações bateu a marca de 9 toneladas, mas ainda está aquém da geração desse resíduo na cidade e da capacidade de reciclagem pelas associações.
“Todo tipo de isopor pode ser reciclado, desde que esteja limpo e seco. Mas hoje a máquina é utilizada apenas uma ou duas vezes por semana, justamente pela quantidade ainda baixa de material. A maior parte do que recebemos vem de uma parceria com o Sinepe [Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná] e representa um importante incremento na renda dos recicladores. Mas se houvesse mais adesão da população, esse número poderia ser ainda maior”, destaca o secretário de Meio Ambiente, Paulo Barros.
A máquina para reciclagem, usada em conjunto pelas quatro associações, faz uma compactação do material, retirando o ar, que representa 95%, e deixando os 5% de poliestireno (PS). As 9 toneladas de isopor recicladas nesse período de cinco meses serão vendidas a R$ 0,80 o quilo, sendo o valor total dividido entre os recicladores. O material será reaproveitado em forma de molduras, rodapés e outros produtos. “Além da renda aos recicladores, é fundamental que a população se sensibilize sobre a importância de separar também este material, porque com essa máquina, garantimos que uma quantidade cada vez menor de isopor acaba sendo descartada no Aterro Botuquara”, comenta Barros.
Planeta reciclável
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná (Sinepe) desenvolve em Ponta Grossa o projeto Planeta Reciclável® desde 2015, realizando palestras com alunos de 10 escolas particulares sobre o ciclo do isopor e seu impacto no meio ambiente. Em seguida, os alunos participam de um concurso cultural, desenvolvendo trabalhados sobre a reciclagem do isopor, culminando com exposições na Mostra da Escola Particular sobre Reciclagem.
“Além do trabalho de conscientização, tendo os alunos como multiplicadores desse conhecimento, também transformamos as escolas participantes em pontos de coleta de isopor e desenvolvemos a Brigada do Meio Ambiente, que leva essas informações para a comunidade e trata da importância da reciclagem em escolas públicas. Essas informações não podem ficar apenas dentro das escolas, elas devem ser para todos, por isso queremos ampliar nosso projeto”, comenta o presidente Regional Campos Gerais, Osni Mongruel Jr.
Pontos de coleta
Qualquer peça de isopor pode ser reciclada, desde que esteja limpa e seca. O descarte correto pode ser feito nos mais de 130 Pontos de Entrega Voluntária (PEV) da cidade ou diretamente em uma das quatro associações de recicladores, que hoje emprega cerca de 100 trabalhadores. Confira o mapa. (Com assessoria)