A cidade de Ponta Grossa está entre as sete contempladas pelo Programa Educação para o Futuro, iniciativa da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que prevê a construção das chamadas Escolas do Futuro.
A nova unidade será instalada no bairro Gralha Azul e promete transformar o cenário educacional local com uma proposta inovadora que une arquitetura, pedagogia e sustentabilidade.
O projeto, fiscalizado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar), tem como objetivo criar ambientes que favoreçam o aprendizado ativo, o bem-estar dos estudantes e o uso eficiente dos recursos. As Escolas do Futuro são pensadas para serem mais humanas, criativas e conectadas com as demandas do século XXI.
Segundo o secretário estadual da Educação, Roni Miranda, as novas unidades serão referência em todo o Paraná.
“Estamos construindo colégios com uma proposta diferenciada, que integram os estudantes à natureza e à preservação ambiental, com espaços que estimulam o pertencimento e o desenvolvimento integral”, afirmou.
A unidade de Ponta Grossa contará com salas de aula flexíveis, laboratórios integrados e ambientes pedagógicos voltados ao desenvolvimento de competências digitais, socioemocionais, de empreendedorismo e educação financeira.
A arquitetura será ecológica, com uso de energias limpas e aplicação da neuroarquitetura — técnica que utiliza princípios da neurociência para projetar espaços que influenciam positivamente o comportamento e o bem-estar.
Além disso, a gestão da obra será feita com o uso da metodologia BIM (Building Information Modeling), que permite decisões mais assertivas ao integrar dados técnicos, financeiros e ambientais em um modelo digital colaborativo.
Sustentabilidade como prioridade
A Escola do Futuro de Ponta Grossa será equipada com sistemas de energia solar fotovoltaica, captação e reúso da água da chuva e ventilação cruzada. Essas medidas devem garantir:
Redução de até 100% no consumo de energia elétrica
Economia de 40% no uso de água
73% de economia em materiais
35% menos emissão de gases do efeito estufa
80% de redução no descarte de resíduos
Até 9% de economia no custo operacional total da obra
As construções também receberão certificações internacionais como Leed BD+C e AQUA-HQE™, que reconhecem edificações sustentáveis desde o projeto até a operação.
A diretora-presidente da Fundepar, Eliane Teruel Carmona, destacou o pioneirismo da iniciativa: “É a primeira escola do Paraná com certificação Leed, o que reforça nosso compromisso com a sustentabilidade e a inovação. Estamos ansiosos para entregar essa estrutura à população até o meio do ano que vem”.
A primeira unidade a ser concluída será em Piraquara, mas a expectativa é que a obra em Ponta Grossa também avance rapidamente, beneficiando centenas de estudantes da região. (As informações são da Agência Estadual de Notícias)