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Cidades 15/10/2025

Movimentação cresce 6,2% e Portos do Paraná já ultrapassa 55 milhões de toneladas em 2025

A quantidade maior de cargas se reflete também na chegada de navios aos portos do Paraná

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Movimentação cresce 6,2% e Portos do Paraná já ultrapassa 55 milhões de toneladas em 2025

A Portos do Paraná soma 55,3 milhões de toneladas movimentadas ao longo de 2025 e caminha para bater o próprio recorde em dezembro, com mais de 70 milhões de toneladas neste ano.

O volume movimentado até setembro já representa 6,2% a mais do que o registrado nos três primeiros trimestres de 2024, quando foram atingidas 52,1 milhões de toneladas. Na avaliação geral, os granéis sólidos lideram as movimentações (61,5%), seguidos de carga geral (25,4%) e granéis líquidos (13,1%).

A quantidade maior de cargas se reflete também na chegada de navios aos portos do Paraná. Foram 2.124 atracações realizadas entre janeiro e setembro de 2025, número já superior ao total registrado em todo o ano passado, que somou 2.068.

O aumento de calado, que passou de 13,1m para 13,3m, também contribui para esses resultados. "Mais carga em um navio, sem aumento de custo operacional, desperta o interesse dos armadores em atracar nos portos paranaenses”, avalia o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Os dados de movimentação de carga relativos ao mês de setembro mostram que o milho é a commodity que mais cresceu, em volume e em porcentagem, nos portos paranaenses em 2025. No comparativo com o mesmo mês de 2024, a alta é de 356%.

No acumulado de janeiro a setembro, os embarques do produto aumentaram 284% em relação ao mesmo período do ano anterior — 2.935.569 toneladas contra 756.044 toneladas. Isso representa US$ 582 milhões em FOB (valor do produto no ponto de embarque).

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Os principais destinos do milho exportado foram países do Oriente Médio.

A combinação de fatores que envolvem a alta produtividade brasileira e os embates tarifários internacionais promovidos pelos Estados Unidos ampliaram a competitividade do grão produzido no Brasil.

O aumento na procura pelo produto brasileiro, principalmente pelo Paraná, se deve ao fato de ser a melhor alternativa  de escoamento.

“As exportações nos Portos de Paranaguá e Antonina tiveram um crescimento em setembro e o milho com certeza está entre os principais responsáveis por este aumento”, afirmou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.

Outra commodity que cresceu no período foi o farelo de soja, que alcançou a marca de 5.085.054 toneladas, 13% a mais do que no ano passado (4.510.525 toneladas).

Os cinco principais destinos do farelo foram os Países Baixos, França, Espanha, Coreia do Sul e Alemanha. Representando mais de um quarto da movimentação nacional, o produto registrou US$ 1,6 bilhão em FOB.

O frango congelado também operou em grande volume. O Porto de Paranaguá movimentou 44% da exportação nacional de carne de frango, o que representa 1,5 milhão de toneladas e US$ 2,7 bilhões de FOB.

Os três principais destinos foram África do Sul, México e Emirados Árabes. Para atender à grande demanda, o Terminal de Contêineres de Paranaguá possui o maior pátio para armazenagem de contêineres refrigerados da América do Sul, com 5.268 tomadas, e é o maior concentrador de linhas marítimas do País, com 23 serviços marítimos.

O envio de óleos vegetais também registrou alta de 45% em setembro e, no acumulado do ano (jan/set), soma crescimento de 49% nas exportações. A celulose teve um aumento de 72% no mês e acumula, até o momento, crescimento de 28% no envio para outros países.

Importações

Na importação, o maior volume é o de fertilizantes, com 1.038.153 toneladas em setembro. O Porto de Paranaguá é o maior canal de importação de adubo do Brasil, responsável por 25,5% da movimentação nacional, avaliada em US$ 3 bilhões de FOB.

O desembarque de trigo cresceu consideravelmente no último mês, com alta de 132%, alcançando 269.308 toneladas, diante das 28.850 toneladas desembarcadas em setembro de 2024.

A redução da área plantada na última safra e as interferências climáticas comprometeram a produção do cereal, exigindo maior importação para abastecer o mercado interno.

Setembro também foi marcado pelo aumento de 46% na importação de derivados de petróleo. É o primeiro mês de 2025 que a Portos do Paraná contabiliza um incremento de 3% sobre o acumulado em relação aos granéis líquidos. (As informações são da Agência Estadual de Notícias)