A Justiça do Paraná determinou, a pedido do Ministério Público do Estado (MPPR), o afastamento cautelar de dois professores da rede estadual de ensino de Irati, investigados por possíveis crimes sexuais praticados contra estudantes.
Os afastamentos foram efetivados nos dias 3 e 12 de outubro, após requerimentos apresentados pela Promotoria de Justiça local e pela autoridade policial responsável pelo caso.
Investigação mobiliza força-tarefa interinstitucional
As suspeitas surgiram a partir de depoimentos colhidos em escuta especializada, conduzida por uma força-tarefa composta pelo MPPR, Conselho Tutelar, secretarias municipais de Assistência Social e de Educação, Núcleo Regional de Educação e Delegacia da Polícia Civil.
A mobilização foi iniciada após denúncias envolvendo um professor e ex-vereador do município, formalmente acusado pelo MPPR em 8 de outubro.
Condutas sob apuração
Entre os comportamentos investigados estão comentários de teor sexual, uso de linguagem imprópria e toques físicos sem justificativa durante as aulas. Tais práticas, segundo a Promotoria, configuram violações à integridade física, emocional e psíquica das adolescentes envolvidas.
O MPPR argumentou que os investigados se valiam da posição funcional para constranger e violar a dignidade das estudantes.
Medidas judiciais de proteção
Com a decisão judicial, os dois professores estão proibidos de frequentar qualquer unidade escolar estadual e de manter contato com as alunas até a conclusão das investigações. A medida visa garantir a segurança das vítimas e preservar o andamento das apurações.
Caso os fatos sejam confirmados, a Promotoria de Justiça de Irati poderá apresentar denúncia criminal contra os envolvidos, conforme previsto na legislação penal vigente. O processo segue em sigilo, e novas informações serão divulgadas conforme o avanço das diligências. (Com assessoria)