Por muito tempo, o consórcio foi visto apenas como uma forma de adquirir carro ou imóvel sem juros. Porém, atualmente esse modelo coletivo de aquisição vem se consolidando como uma ferramenta de estratégia patrimonial - utilizada tanto por famílias que buscam segurança quanto por investidores e empresas que desejam alavancar ativos sem se expor ao crédito dos bancos.
Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o setor registrou mais de 12 milhões de consorciados ativos até fevereiro de 2025, um aumento de 9,3 % em relação ao mesmo período de 2024 e de 39 % nos últimos três anos. O volume de créditos disponibilizados alcançou a marca de R$ 88,7 bilhões, com alta de 37,7 % frente a 2024.
Esses números revelam que o consórcio deixou de ser apenas um meio de consumo e passou a integrar o portfólio de quem deseja construir patrimônio com disciplina e previsibilidade.
Investimento em imóveis
O segmento imobiliário lidera o setor, com crescimento de 53,8 % no volume de créditos comercializados. Muitos investidores utilizam cartas contempladas para adquirir terrenos, salas comerciais e até imóveis para locação, ampliando seu patrimônio e gerando renda.
Empresas fortalecendo fluxo de caixa
No setor corporativo, consórcios de veículos e máquinas vêm sendo usados como ferramenta de expansão planejada. Em vez de recorrer a financiamentos com juros altos, empresários antecipam a aquisição de ativos por meio de lances, preservando capital de giro.
Famílias planejando patrimônio de longo prazo
Além do consumo imediato, famílias utilizam cotas como uma forma de poupança forçada. Ao final do grupo, recebem um bem ou crédito que pode ser convertido em patrimônio - valor que estará valorizado em relação ao valor de entrada, devido aos rendimentos.
O principal diferencial do consórcio frente aos financiamentos tradicionais é a ausência de juros. Há apenas uma taxa de administração diluída, o que torna o custo final previsível. Essa característica tem atraído especialmente os que desejam proteger seus recursos da instabilidade da economia e da volatilidade do mercado financeiro.
Como explica o consultor da SN Soluções Financeiras, Heros Fagundes, “o consórcio hoje é mais do que uma forma de comprar um bem, é uma estratégia inteligente de construção patrimonial. Ele permite que a pessoa planeje, diversifique ativos e proteja seu patrimônio sem se expor às altas taxas de juros que marcam o Brasil em 2025”.
Como o consórcio se tornou ferramenta de investimento
O consórcio está deixando de ser visto apenas como “meio de consumo parcelado” e se consolidando como um dos instrumentos mais versáteis de alavancagem financeira disponíveis no Brasil. Para quem deseja proteger o patrimônio, criar ativos para aposentadoria ou até gerar ganhos no curto prazo, trata-se de uma alternativa sólida, previsível e cada vez mais valorizada.
Alavancagem com imóveis
Ao ser contemplado, o consorciado adquire um imóvel. O crédito usado para comprar um terreno, por exemplo, pode se multiplicar em poucos anos com a valorização imobiliária. Muitos investidores também utilizam consórcios para formar portfólio de aluguel, criando renda recorrente e pagando o investimento com o valor pago pelo inquilino, ou adquirindo uma nova cota, com o objetivo de alavancar o patrimônio ao longo dos anos.
Rentabilidade
As cartas de crédito não ficam paradas: antes da contemplação, são atualizadas de acordo com o índice definido pela modalidade e pelo grupo do consórcio (como INCC ou IPCA). Após a contemplação, se o crédito não for utilizado imediatamente, o valor passa a ser corrigido por índices que acompanham a taxa Selic. Com a Selic atualmente em 15%, o poder de compra da carta cresce ano a ano, garantindo proteção contra a inflação e ampliando o valor do patrimônio.
Planejamento de aposentadoria
Cada vez mais famílias utilizam o consórcio como ferramenta de previdência complementar. Ao acumular cotas em diferentes grupos, o consorciado garante que, ao longo dos anos, terá imóveis, veículos ou cartas de crédito contempladas que podem ser transformadas em renda extra no futuro, substituindo ou reforçando a aposentadoria oficial.
Venda de cotas com ágio
No curto e médio prazo, consórcios contemplados também viraram ativos negociáveis. Um consorciado pode vender sua cota com ágio - ou seja, por um valor acima do que investiu - para alguém interessado em adquirir o crédito imediatamente. Esse movimento cria liquidez e pode gerar retornos expressivos sem a necessidade de esperar até o fim do grupo.
Para quem deseja entender como aplicar o consórcio em estratégias patrimoniais, o escritório SN Soluções Financeiras oferece consultoria personalizada. Mais informações podem ser obtidas com o consultor Heros Fagundes pelo telefone (42) 998038441ou pelo site www.snsolucoesfinanceiras.com.br. (Com assessoria. Foto: Divulgação)