Durante a partida do último domingo (4) entre Operário e América-MG, o atacante do Operário denunciou falas racistas do meia Miguelito. Alisson Sidnei Furtado, árbitro principal da partida, acionou o protocolo de antirracismo. A partida ficou paralisada por 14 minutos, durante a pausa do jogo, um torcedor alvinegro foi retirado do estádio pela Polícia Militar devido a confusão com o banco de reservas do Coelho.
Ao final da partida o autor [Miguelito], a vítima [Allano] e a testemunha [Jacy] foram conduzidos à 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, para realizarem depoimentos sobre o acontecimento. Após ouvir todos os envolvidos, foi dado voz de prisão em flagrante ao jogador Miguelito pela prática de crime de injúria racial.
“Infelizmente, mais uma vez, o racismo mostrou sua face cruel dentro de um espaço que deveria ser de celebração, respeito e igualdade. Ser ofendido pela cor da minha pele é algo doloroso, revoltante e, acima de tudo, inaceitável.
Não vou me calar. Não por mim apenas, mas por todos os que já passaram por isso e por aqueles que ainda lutam para que esse tipo de violência acabe de vez. O futebol, como a sociedade, precisa dizer basta ao racismo. Precisamos de justiça, responsabilidade e, sobretudo, empatia.
Agradeço ao Operário pelo apoio, aos meus companheiros de equipe, à minha família e a todos que têm se solidarizado comigo neste momento. A luta contra o racismo é de todos nós, e ela não vai parar enquanto houver injustiça”, diz Allano em seu pronunciamento oficial sobre o episódio. (Com assessoria. Foto: Giovani Baccin)