O deputado estadual Marcelo Rangel (PSD), vice-líder do governador Ratinho Júnior na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), criticou duramente nesta segunda-feira (28) o escândalo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo uma fraude que teria causado um prejuízo superior a R$ 8 bilhões aos cofres públicos. Segundo denúncias, uma quadrilha, com participação de pessoas ligadas a sindicatos, teria desviado valores descontados diretamente dos salários dos aposentados e pensionistas.
"Com o montante desviado seria possível comprar 24 mil ambulâncias para atender a população. No entanto, os envolvidos usaram o dinheiro da fraude para comprar carros de luxo como Rolls-Royce de R$ 6 milhões", destacou Rangel, para exemplificar o tamanho da fraude. Ele ressaltou também que a responsabilidade pelos crimes deve ser apurada, independentemente do governo sob o qual eles tenham ocorrido.
"Não me importa em qual governo começou. O que importa é saber se esse Brasil vai mais uma vez dar exemplo de impunidade ou vai colocar os responsáveis na cadeia", declarou, cobrando que os envolvidos sejam punidos com rigor.
Preocupação
O deputado também manifestou preocupação com a possibilidade de o caso terminar sem responsabilizações efetivas, citando como exemplo recente a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Segundo Rangel, a prisão de Collor, ocorrida um dia após a divulgação da fraude no INSS, levanta questionamentos sobre o tratamento desigual de condenações ligadas à Operação Lava Jato.
"Alguns condenados estão livres, e até voltaram ao poder. Outros processos foram anulados, e fica a dúvida: qual parte da Lava Jato funciona e qual não funciona?", questionou o parlamentar.
Marcelo Rangel encerrou o discurso reforçando a necessidade de que todos os envolvidos sejam responsabilizados, sem seletividade política ou jurídica, e reafirmou seu compromisso como fiscalizador dos interesses dos paranaenses. (Com assessoria)