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Terça-feira, 15 de abril de 2025
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Política 10/04/2025

Falta de água, viagem às escondidas e fim dos voos da Azul marcam os 100 dias da gestão Betinha

Prefeita vive um inferno astral nos primeiros 100 dias do segundo mandato à frente da Prefeitura de Ponta Grossa, o que deixa a população apreensiva acerca do futuro da sua administração

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Falta de água, viagem às escondidas e fim dos voos da Azul marcam os 100 dias da gestão Betinha

Depois de sair vitoriosa da eleição mais concorrida da história de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (UB) passa por um verdadeiro inferno astral nos primeiros 100 dias do seu segundo mandato à frente da Prefeitura, completados nesta quinta-feira (10).

A chefe do Executivo enfrenta ou enfrentou problemas que vão deste a falta de água, passando pela derrubada de inúmeros vetos a projetos na Câmara, chegando à suspensão dos voos da Azul Linhas Aéreas no Aeroporto Santana, um verdadeiro retrocesso às pretenções de desenvolvimento do Município.

Mais recentemente, a divulgação de que Ponta Grossa é uma das piores cidades do país para uma mulher viver, manchou de vez a imagem do Governo Betinha em nível estadual e nacional.

Falta de água

O maior problema enfrentado por ela neste início de ano, sem dúvida, foi a falta de água, que atingiu toda a população, e que até o momento ainda não foi totalmente sanado pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Empresa estatal, mas com a qual a prefeita precisava ter atuado de forma mais incisiva, para evitar que o abastecimento fosse prejudicado da forma que foi.

Além da questão da falta de água propriamente dita, o que pesou ainda mais contra a prefeita neste caso, diante da opinião pública ponta-grossense, foi a viagem a lazer para os Lençóis Maranhenses em meio ao caos que se instalou em toda a cidade, sem avisar a população. A atitude pegou muito mal, ainda mais depois de retornar às pressas, diante da repercussão negativa.

Câmara

Na Câmara, mesmo tendo uma base com a maioria dos 19 parlamentares, a prefeita já viu inúmeros vetos serem derrubados pelos vereadores, que já demonstraram insatisfação, tanto com suas ações, quanto com a de sua equipe de secretários, notadamente, com a sua secretária-influencer de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Faynara Merege.

A briga por cargos e espaço dentro do Governo é evidente e a falta de pulso da prefeita é visível. Muitos integrantes da base governista reclamam que um "forasteiro" é quem toma as decisões políticas dentro da Prefeitura, fato considerado inadmissível para uma cidade do porte e da importância de Ponta Grossa.

Evidentes e antigos

Além de todos esses problemas mais evidentes, outros, mais antigos, como os gargalos viários, os buracos nas ruas, a demora por atendimentos da saúde, o atraso para entrega dos uniformes dos alunos da rede municipal, e a não construção do segundo lago em Olarias, escancaram um Governo que está muito aquém do que deveria estar depois de 100 dias, afinal, é uma continuidade.

Para piorar a situação, um dos principais cargos de confiança da prefeita, teve que ser exonerado às pressas, sob motivos, no mínimo, obscuros.

Trata-se de uma evidente demonstração de que, o marketing e a propaganda, mesmo passada a eleição e iniciada a nova gestão há 100 dias, continua sendo a única área efetivamente acertiva do Governo Elizabeth Schmidt.