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Sábado, 19 de abril de 2025
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Política 17/03/2025

Em novo revés, Câmara derruba veto de Elizabeth à lei que promove melhoria a pessoas com autismo

Proposta do presidente da Casa, Julio Kuller, permite que famílias possam identificar em suas residências, através de um adesivo, a presença de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA)

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Em novo revés, Câmara derruba veto de Elizabeth à lei que promove melhoria a pessoas com autismo

A Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) derrubou o veto à Lei 15.361, de autoria do vereador Julio Küller (União Brasil), que prevê a distribuição de adesivo “Aqui Mora Um Autista”, para famílias que queiram identificar em suas residências a presença de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). O veto foi derrubado com 12 votos favoráveis.

Trata-se de mais uma derrota da prefeita Elizabeth Schmidt (UB) durante votação de veto em plenário. O Legislativo está se habituando a ir de encontro às decisões da chefe do Executivo neste início de segundo mandato.

Conscientização

Segundo a Lei, essa identificação nas residências tem como objetivo aumentar a conscientização com relação ao autismo e garantir segurança e o bem-estar às famílias. Além do adesivo, o Município deverá promover campanhas e disseminação de informações sobre o espectro autista, como a criação de materiais publicitários com relação à emissão de barulhos, que afetam a hipersensibilidade auditiva de pessoas com autismo. A entrega dos adesivos fica a cargo dos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).   

O vereador Julio Küller, autor do projeto, reforçou a importância da identificação das residências. “Essa proposta promove a inclusão social e o bem-estar das famílias com pessoas autistas. Criar um ambiente residencial mais confortável e silencioso pode ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse, que são comuns em pessoas com autismo devido à sensibilidade ao barulho”, disse o vereador.

Dificuldades

O parlamentar ainda destacou as dificuldades enfrentadas pelas famílias. “Quem não convive com pessoas com espectro autista não possuem a dimensão das dificuldades enfrentadas pelas famílias no dia a dia, as crises que essas pessoas passam. Diante disso, por vezes surgem denúncias infundadas de pessoas que não sabem o que está acontecendo de fato, com isso, a identificação nas residências ajuda a preservar as famílias e colaborar com a rotina delas”, concluiu Küller. (Com assessoria)