O cardápio do Restaurante Popular que se limitava a sopa, no jantar, das pessoas em situação de rua, agora inova e serve pratos diferenciados, fazendo com que os usuários do serviço comam mais e melhor. De segunda a sexta, 70 marmitas são feitas para o albergue municipal e cerca de 50 jantares acontecem no Restaurante Popular.
De acordo com Fernanda Caroline Fonseca, atual coordenadora do Restaurante Popular, nutricionista e responsável técnica pelo local há 9 anos, a sopa foi trocada por refeições como macarrão com carne moída e queijo e o escondidinho, mas as que fazem mais sucesso são as preparações envolvendo arroz e carnes, com por exemplo o arroz carreteiro, galinhada ou entrevero.
“O custo é muito parecido com a sopa, mas a adesão é maior, o que garante uma alimentação de qualidade para as pessoas em situação de rua. O que tem mais peso no custo é a proteína e a quantidade por pessoa sendo sopa ou uma preparação como esta, é a mesma. Nos jantares com pratos diferenciados eles comem mais vezes também, já que no jantar eles têm a possibilidade de repetir”, diz Fernanda.
A nutricionista conta que a adesão tem sido alta e o impacto tem sido muito positivo em relação à qualidade de vida e de saúde dos atendidos. “Desta forma, é proporcionado, além do alimento, o acesso cultural a preparações diferenciadas como o Yakissoba, por exemplo”, comenta.
A presidente da Fundação de Assistência Social, Tatyana Belo, responsável pelo Restaurante Popular, aponta que uma boa alimentação interfere diretamente na qualidade de saúde do usuário do serviço, bem como no desenvolvimento psicológico e social dos mesmos.
“Todo o trabalho desenvolvido dentro do Restaurante Popular com as pessoas em situação de vulnerabilidade social permite que tenham uma qualidade de vida melhor, que resulta em uma melhor imunidade e uma resposta aos riscos de saúde. O mesmo podemos dizer em relação ao fortalecimento físico considerando a rotina exaustiva que muitos vivem, como é o caso dos catadores de recicláveis que carregam altas cargas de peso diariamente”, comenta Tatyana, que entende que o Restaurante Popular também seja um facilitador na processo de ressocialização e retomada da vida de cada um deles. (Com assessoria)