Foi derrubado por 16 votos contrários e apenas 3 favoráveis o Projeto de Emenda a Lei Orgãnica do Município que aumentava de 19 para 23 o número de vereadores na Câmara de Ponta Grossa. Com isso, a próxima legislatura (2025/2028) permanecerá com as 19 cadeiras.
Antes da sessão desta segunda-feira (1º), um grupo de pessoas e lideranças contrárias à aprovação da matéria protestou em frente ao prédio do Legislativo. Protesto que adentrou à galeria do plenário quando o debate iniciou. Entre as lideranças, esteve a presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa, Giorgia Bin Bochenek, além de outros diretores da entidade.
Com a pressão vinda das galerias e uma ampla repercussão negativa nas redes sociais desde que foi divulgada a votação do projeto, os vereadores recuaram. Mesmo alguns dos parlamentares que assinaram a proposta, acabaram votando pela rejeição.
Este é o caso dos vereadores Léo Farmacêutivo (PSD), Jairton da Farmácia (União) e Missionária Adriana (SD), que mudaram de posição. O vereador Izaías Salustiano (PL) chegou a pedir a retirada da sua assinatura da proposta, que foi apresentada com as assinaturas dos 4, mais a da vereadora Josi do Coletivo e dos ex-vereadores Sargento Guiarone (PRTB) e Professor Careca (PSB).
Votaram pela aprovação somente os vereadores Ede Pimentel (PDT), Celso Cieslak (DC) e Josi do Coletivo (PT).
Os defensores do aumento no múmero de cadeiras justificam que significa uma maior representatividade da população dentro do Parlamento. Por outro lado, aqueles contrários à proposta afirmam que quantidade não é sinônimo de qualidade, e que o aumento de vagas resulta na elevação dos custos da Câmara, com salários dos parlamentares e assessores.
No final, prevaleceu a vontade da população - pelo menos da maioria- de não haver o aumento no número de vereadores. Desta forma, os partidos políticos irão disputar as 19 cadeiras nas Eleições Municipais 2024. A maior parte dos parlamentares irá pleitear a reeleição.
Foto: Luiz Lacerda/CMPG