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Sábado, 28 de setembro de 2024
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Política 09/10/2023

Câmara aprova Comissão Parlamentar Processante contra Felipe Passos

Por 12 votos contra 2, o plenário aprovou instalação da CPP. Processo pode levar à cassação do vereador do PSDB, condenado em primeira instância pela prática de 'rachadinha' e assédio sexual

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Câmara aprova Comissão Parlamentar Processante contra Felipe Passos

O vereador Felipe Passos (PSDB) será alvo de uma Comissão Parlamentar Processante (CPP) na Câmara Municipal. O plenário da Casa aprovou, nesta segunda (9), por 15 votos a 2, o pedido para instalação da comissão, apresentado pelos vereadores Geraldo Stocco (PV) e Josi do Coletivo (Psol).

Geraldo, Josi e Passos não participaram da votação, como prevê o regimento interno, por terem interesse direto. Eles foram substituídos pelos respectivos suplentes: Marcio Schirlo (PSB), Professor Ricardo (PSOL) e Paulo Sérgio (PSDB).

Essa não foi a primeira vez que Stocco e Josi apresentaram pedido de CPP contra Passos. Porém, com a condenação em primeira instância, desta vez o plenário aprovou, até pela repercussão negativa que poderia gerar uma nova recusa à investigação de um parlamentar já condenado em primeira instância.

Integrantes da CPP

Já foram definidos também os três integrantes da CPP: Missionária Adriana (SD), Léo Farmacêutico (PSD) e Divo (PSD). A definição foi feita por sorteio.

Agora, a CPP tem 90 dias para ouvir testemunhas, acusação e acusado antes de entregar o relatório. Nos bastidores, diante da condenação na Justiça e pelas inúmeras inimizades alimentadas por Passos com outros vereadores, o pedido de cassação já é tido como o resultado mais provável da CPP.

Defesa

Antes da votação desta segunda, um dos advogados que representa Passos, Herculano de Abreu Filho, alegou que ainda cabe recurso da decisão da primeira instância, e que a Justiça já está realizando a investigação.

Sobre a declaração dada por Passos no início do processo judicial, de que renunciaria em caso de condenação, o advogado afirmou que tal afirmativa continua válida, entretanto, só ocorrerá em caso do trânsito em julgado do processo - quando não cabe mais recursos.

No entanto, as alegações do advogado não surtiram efeito e a CPP acabou aprovada pelo plenário.

 

Fotos: Luiz Lacerda\CMPG