Conhecer, entender e repensar a história, a cultura e a vivência da cidade de Ponta Grossa no ano 200 é uma atividade que está envolvendo todos os CMEIs e Escolas da rede municipal de ensino, desde o primeiro dia. Ao longo dos 200 dias letivos do ano, professores e alunos estão lançando um olhar amoroso – e também curioso e crítico – sobre o local onde nasceram ou passaram a morar com suas famílias.
Um exemplo está na Escola Municipal Ruth Holzmann Ribas, que realizou nesta sexta (25) a exposição ‘Caminhos de Ponta Grossa’, em comemoração aos 200 anos da cidade. Desde o primeiro dia, os professores se mobilizaram para intensificar os trabalhos em todas as áreas do conhecimento, envolvendo alunos e comunidade para melhor conhecer e melhorar Ponta Grossa com as ideias dos alunos, comemorando os 200 anos da cidade.
A coordenadora pedagógica Andreza Lima Gonçalves de Oliveira conta que a preparação da feira entrou em ebulição na escola. “Selecionamos os vários temas que deveriam ser trabalhados, de acordo com o currículo, não apenas em história. Conversamos sobre Ponta Grossa e seus caminhos, desde os índios Caingangues, passando pelos tropeiros, chegando aos trilhos, imigrantes, estações ferroviárias e pontos turísticos. Os professores fizeram um grande trabalho de pesquisa”, conta a pedagoga.
“Seria uma pequena feira, mas devido ao envolvimento de todas as professoras, fizemos um evento com todas as turmas. A comunidade participou muito e vibrava com as conquistas dos alunos, cada maquete. Muitos pais contaram que levaram os filhos para conhecer locais, como a Vila Hilda, que nunca tinham visitado”.
A secretária de Educação, professora Simone Neves, conta que as ações referentes aos 200 anos fazem parte de um trabalho pedagógico orientado pela SME para as unidades.
“Faz parte dessa orientação a celebração, o conhecimento sobre a cidade e o desenvolvimento do sentimento comunitário, além do envolvimento de toda a comunidade escolar. Todas as escolas e CMEIs estão fazendo trabalhos magníficos com seus alunos, cada uma dentro de suas características e de seu contexto, pelo bairro ou por outra identificação local. Mas todos os nossos estudantes estão vivendo a experiência e devem sentir-se privilegiados por este momento, que certamente contarão para os filhos no futuro”, considera Simone.
Aula nos trilhos
A professora Paula Sander Dreher Campagnoli, do 4º ano da Escola Ruth Holzmann, trabalhou com as crianças o desenvolvimento econômico e o patrimônio histórico representado pelos trens e ferrovias. Como fonte de estudo, utilizaram diversas pesquisas, entre elas as videoaulas do programa Vem Aprender.
“Fizemos um sorteio na escola para definir quais turmas estudariam quais temas. Conversamos com os alunos sobre a chegada dos tropeiros, dos imigrantes, das ferrovias e o que elas trouxeram de progresso. Sobre como elas aceleraram a chegada das notícias, da moda e o desenvolvimento econômico e social, tudo o que passou a vir de trem”.
João Pedro Teixeira Brandt, aluno do 4º ano, está conhecendo Ponta Grossa a partir de seus trens e ferrovias, e já pratica apresentações sobre o tema. “Sempre gostei de trens, desde que assistia nos desenhos animados. Com eles a gente está aprendendo muita coisa, é um patrimônio que tem que ser cuidado”, conta ele.
Para a professora Paula, o trabalho está contribuindo para que os alunos compreendam a noção de patrimônio histórico. “Antes eles passavam pela Maria Fumaça e viam um trem. Hoje eles enxergam de uma forma diferente, são críticos sobre a depredação, sabem por que está ali e passam a enxergá-la como parte de sua história e de sua cidade”. (Com assessoria)