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Domingo, 24 de novembro de 2024
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Ponta Grossa 24/08/2023

HU-UEPG implanta protocolo de Cirurgia Segura

O objetivo é melhorar a segurança dos pacientes e tornar mais eficiente a comunicação entre as equipes multiprofissionais

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HU-UEPG implanta protocolo de Cirurgia Segura

Cirurgias seguras salvam vidas. Os Hospitais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) implantaram um protocolo de Cirurgia Segura online, no sistema de gestão hospitalar. O objetivo é melhorar a segurança dos pacientes e tornar mais eficiente a comunicação entre as equipes multiprofissionais.

“A implantação do protocolo traz benefícios na segurança do paciente e é um avanço para nossos hospitais”, comemora a diretora geral dos HUs, professora Fabiana Postiglione Mansani. Essa ação permite que a equipe entenda que está operando o paciente certo, no local correto; traz segurança durante todo o procedimento anestésico e também sobre toda a realização cirúrgica.

Para a diretora, é preciso destacar a importância da equipe envolvida na implantação do protocolo. “A gestão atual tem investido em aumentar as equipes que buscam o controle da qualidade e a segurança do paciente dentro dos nossos hospitais. A missão dos nossos hospitais é sempre em busca de melhor atenção, assistência e atendimento aos nossos pacientes”.

A coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) do HU-UEPG, Joseane Quirrembach, explica que o protocolo tem três etapas: pré-operatória, antes da indução anestésica (time in); antes da incisão cirúrgica (time out); e antes da saída da sala cirúrgica (sign out).

A adoção de um protocolo de cirurgia segura ajuda a prevenir infecções do sítio cirúrgico, realizar anestesiologia segura, melhorar a eficiência das equipes cirúrgicas e mensurar a assistência cirúrgica. “Estudos recentes evidenciaram a redução de complicações cirúrgicas, taxa de mortalidade, taxa de infecção e tempo de internação por meio do uso do checklist de cirurgia segura”.

A partir de uma lista de pontos a serem conferidos, a equipe verifica informações de identificação do paciente, exames, alergias, equipamentos, profissionais e procedimentos. O intuito principal é prevenir eventos adversos e erros.

“O protocolo proporciona a verificação de pontos críticos para aquele paciente e seu procedimento e direciona medidas que devem ser tomadas para prevenir incidentes e eventos adversos, como por exemplo: a confirmação de que o paciente tem previsão de perda sanguínea mobiliza a equipe para que as reservas de sangue estejam prontamente disponíveis antes mesmo que a perda sanguínea ocorra, significando menor tempo de resposta e mais segurança”, explica Joseane.

Cirurgias

Segundo a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), são realizadas 234 milhões de cirurgias por ano em todo o mundo. O HU realiza mais de 500 cirurgias por mês, sendo cerca de 200 eletivas e as restantes, de urgência e emergência, todas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas especialidades de ortopedia, otorrinolaringologia, cirurgia vascular, cirurgia geral, coloproctologia, ginecologia, neurocirurgia, urologia e cirurgia oncológica. No Hospital Universitário Materno-Infantil (Humai-UEPG), são mais de 100 cirurgias pediátricas por mês e aproximadamente 160 partos (normais e cesáreas).

O protocolo de cirurgia segura do HU foi elaborado pela primeira vez em 2013 e passou por revisões nos anos seguintes.

“Nas versões anteriores, foi utilizado de maneira exclusivamente impressa. O formulário apresentava registros da cirurgia segura e também registros assistenciais, o que o tornava extenso, mais propenso a falhas e difícil de mensurar”, conta Joseane.

“Para a versão 2023, buscamos em revisões sistemáticas e meta-análises compreender quais itens do checklist tinham impacto positivo e quais poderiam ser mais efetivos, aliados ao formato eletrônico”. Além disso, foi feita uma avaliação dos motivos que levavam a falhas na execução ou a não-adesão ao protocolo.

Durante o mês de julho, a equipe multiprofissional do Centro Cirúrgico, composta por instrumentadores, enfermeiros, técnicos de enfermagem, cirurgiões, anestesiologistas e residentes, foi capacitada para a aplicação do protocolo. “A receptividade da equipe foi positiva desde a primeira apresentação do Protocolo 2023. A equipe esta engajada com alta adesão e nos sugerindo melhorias, algumas das quais já foram incorporadas”, comenta a coordenadora. (Com assessoria)