A Prefeitura de Ponta Grossa, através da Secretaria da Fazenda, divulgou nesta quinta-feira (01), um levantamento que aponta o perfil do contribuinte inadimplente do IPTU 2023 em Ponta Grossa, por valor e categoria. O secretário da Fazenda, Cláudio Grokoviski explicou que através de intervalos de frequência, que são apontados na planilha em anexo, é possível verificar que dos 75.688 contribuintes atualmente omissos, 57.004 tem valores de IPTU de até R$ 200,00 a pagar, representando 75% dos contribuintes. “Somados, os valores não recolhidos passam de R$ 5,8 milhões até a parcela 3 que venceu no último de 22. Se estes mesmos contribuintes tivessem optado pelo parcelamento em 10 vezes estariam pagando até R$ 20,00 mensais”, destacou o secretário, afirmando que “são valores que caberiam no orçamento familiar destes contribuintes que possuem imóveis na cidade, mantendo assim a regularidade com o imposto e contribuindo com o Município”.
O estudo aponta também que pouco mais de 15 mil contribuintes têm entre R$ 201,00 e R$ 500,00 reais a pagar de imposto. Isso representa 20% dos cadastros de contribuintes inadimplentes num valor superior a R$ 4,4 milhões.
Cláudio Grokoviski aponta que é possível verificar também que a soma dos contribuintes que devem acima de R$ 500,00, representa apenas 5% do total de cadastros inadimplentes, ou seja: 3.654 contribuintes. Isso representa aproximadamente 30% do valor total dos débitos em aberto que se aproximam de R$ 4,2 milhões.
“Temos o menor valor de IPTU entre as grandes cidades, valores menores que R$ 200,00 por ano, uma Planta Genérica defasada há mais de 24 anos, e mesmo assim às pessoas deixam de pagar seus impostos”, lamenta Grokoviski.
Números de cadastro e valor:
0,00 – 200,00 | 57004 | 5.886.464,47 |
200,01 – 500,00 | 15030 | 4.401.454,98 |
500,01 – 1.000,00 | 2644 | 1.762.145,65 |
1000,01 – 2.000,00 | 724 | 970.202,91 |
2000,01 – 5.000,00 | 223 | 664.181,52 |
Acima de 5.000,00 | 63 | 801.112,48 |
Total | 75688 | 14.485.562,01 |
O levantamento aponta também a inadimplência levando em consideração cada categoria de cadastros. Nesse recorte, a maior inadimplência está nos cadastros residenciais (casas e apartamentos), com 63.428 contribuintes que ainda não pagaram o IPTU 2023, totalizando mais de R$ 10,5 milhões que deixaram de ser pagos. A inadimplência também é alta entre os imóveis cadastrados como comércio. Quase 2 mil contribuintes nessa categoria ainda não efetuaram o pagamento do tributo.
O secretário destaca a importância do IPTU para fazer frente às ações da prefeitura de Ponta Grossa. “Esses recursos ajudam a manter vários serviços da prefeitura. Um percentual de 25% é destinado à Educação, 22% vai para investimentos na área de saúde e 53% para fazer frente às outras ações de governo. Se a prefeitura fosse uma empresa, certamente não sobreviveria com uma inadimplência tão alta” finaliza Grokoviski.
Categoria | Nº de cadastros | Valor |
Territorial | 9521 | 1.506.060,69 |
Residencial | 63428 | 10.831.195,78 |
Prestação de Serviços | 477 | 276.539,88 |
Instituições | 286 | 442.297,32 |
Industrias | 52 | 258.510,45 |
Comércio | 1924 | 1.170.957,89 |
Total | 75688 |
14.485.562,01 |
O levantamento aponta também a defasagem do IPTU em Ponta Grossa, em relação a cidades do mesmo porte. A comparação usou como base os dados do IPTU 2022, e pode ser constatada no quadro abaixo.
Município | Valor Arrecadado | População | Valor per-capita | Cadastros | Valor médio do IPTU por cadastros |
Londrina | 397.623.940,74 | 580.870 | 684,53 | 271.353 | 1.465,34 |
Maringá | 256.444.664,01 | 436.472 | 587,54 | 185.000 | 1.386,19 |
Cascavel | 93.795.894,34 | 336.073 | 279,09 | 161.000 | 582,58 |
Ponta Grossa | 86.878.549,67 | 358.838 | 242,11 | 164.000 | 529,75 |