Na tarde de segunda-feira (17), membros da Secretaria de Educação de Castro reuniram-se na Câmara de Vereadores com agentes de segurança do município e com representantes das escolas municipais, estaduais e particulares de Castro para falarem a respeito da segurança nas escolas.
De acordo com a secretária de Educação, Rejane Nocera, o encontro foi pensado para que os convidados: diretor municipal de Segurança Pública, Antonio Sergio de Oliveira, delegado da Polícia Civil de Castro, Marcondes Alves Ribeiro, investigador de Polícia Civil Ricardo Santos e o comandante da Polícia Militar de Castro, tenente Muleta, pudessem explicar aos diretores e coordenadores de escolas sobre a importância do não compartilhamento de conteúdos que contenham ameaças contra escola.
Além disso, conforme explicou a secretária, reuniões semelhantes vêm sendo realizadas no município, para que os profissionais de cada escola possam acompanhar o trabalho de agentes de segurança do município, saibam o que está sendo feito pela segurança do ambiente escolar e também possam tranquilizar pais e alunos, quanto a circulação desse tipo de conteúdo.
“Percebemos a importância de nos unirmos, ficou muito claro que o resultado de ações em conjunto, como as que estamos trabalhando, têm sido melhor. E esse foi o objetivo hoje, levarmos essa clareza aos nossos professores, diretores, principalmente voltada para as questões do compartilhamento de fake news, sore a importância de nós não divulgarmos, não compartilharmos”, destacou.
Durante a reunião, o diretor municipal de Segurança Pública ressaltou a importância de pais, professores, diretores e a segurança pública do município manterem união e diálogo, e destacou que estão sendo desenvolvidos projetos novos para o reforço da segurança nas escolas e CMEIs de Castro.
O delegado Marcondes Alves Ribeiro, explicou que situações de ameaça e episódios de violência nas escolas não são novidades no trabalho da Polícia Civil, no entanto, agora, com casos recentes de ataque, o tema ganhou mais visibilidade.
“Nosso objetivo aqui é mostrar pra vocês o que está sendo feito pela Polícia Civil em relação a essa situação [de ameaças]. Estamos investigando todos os perfis e todas as denúncias que chegam até nós. Passamos a semana passada inteira oficiando redes sociais, para quebrar dados cadastrais de pessoas suspeitas e chegamos a vários perfis, que estão sendo monitorados. Quanto as mensagens que circulam nas redes sociais, por mais que saibamos que muitas delas são falaciosas, que não caracteriza nada concreto, estamos conduzindo com toda seriedade do mundo, independente de quem seja o responsável. Enquanto autoridade policial, ou vocês, como diretores das escolas, nosso dever agora é de tranquilizar pais e pessoas que estão nos cobrando, e ao mesmo tempo, darmos resposta efetiva ao que está acontecendo”, destacou.
O investigador da Polícia Civil, Ricardo Santos também falou sobre a importância de professores, diretores e gestores de escolas tranquilizarem os alunos, que como lembrou ele, devem estar preocupados com a atual situação.
Ricardo destacou ainda que, mesmo não tendo sido encontrada ameaça real nos conteúdos que circulam pela internet, é importante que escolas conheçam e tenham condições de usar o chamado plano de abandono. “Quem não tem, deve procurar o Corpo de Bombeiros ou órgão que tenha condições de ensinar e fazer esse treinamento, para que se ocorrer alguma coisa, estejam preparados para deixar o local, para saírem da escola, isso é muito importante”, ressaltou.
O tenente Muleta, da Polícia Militar, destacou na reunião que a PM deve desenvolver em breve um protocolo oficial, que deverá ser adotado por todas as unidades de ensino em casos de ameaça à segurança de alunos e profissionais. (Com assessoria)