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Destaques 19/04/2022

Pesquisadores das universidades estaduais estão na lista de melhores cientistas do mundo

Os pesquisadores foram avaliados pela produção científica e o impacto dos artigos acadêmicos publicados, catalogados no Google Acadêmico e no Painel Acadêmico da Microsoft

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Pesquisadores das universidades estaduais estão na lista de melhores cientistas do mundo

A plataforma internacional de pesquisa acadêmica Research.com classificou entre os melhores cientistas do mundo 15 professores ligados às universidades estaduais de Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG) e Londrina (UEL). Os pesquisadores foram avaliados pela produção científica e o impacto dos artigos acadêmicos publicados, catalogados no Google Acadêmico e no Painel Acadêmico da Microsoft.

As posições no ranking se baseiam no Índice H, uma métrica internacional de produtividade científica, além da quantidade de publicações e citações de cada pesquisador. Os profissionais das instituições estaduais paranaenses (11 da UEM, três da UEL e um da UEPG) se destacaram em seis das 17 categorias avaliadas: Biologia e Bioquímica; Ciência de Materiais; Ecologia e Evolução; Microbiologia; Química; e Zootecnia e Veterinária.

Na lista dos renomados especialistas brasileiros, quatro pesquisadores das universidades vinculadas ao Estado aparecem entre os mais qualificados, segundo esse levantamento. É o caso do professor Ângelo Antonio Agostinho, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA) da UEM, que figura em 4º lugar nacional, na área de Ecologia e Evolução. Líder na região Sul do Brasil, o docente soma 198 publicações e mais de 15 mil citações.

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Na sequência, também destacado como o primeiro no Sul do Brasil, o professor Alessandro Dourado Loguercio, do Departamento de Odontologia da UEPG, ocupa a 8ª colocação, entre os 45 cientistas brasileiros elencados na categoria Ciência de Materiais. O pesquisador tem 196 publicações e 9.420 citações, segundo os bancos de dados dos repositórios da produção científica mundial.

“Sempre pensamos no desenvolvimento de produtos que gerem material científico para ser publicado e para que a tecnologia seja patenteada”, afirma Loguercio. “Nessa área do desenvolvimento sustentável, o Paraná tem um número bastante expressivo de empresas que podem absorver as tecnologias desenvolvidas nas universidades”.

Os nomes de dois pesquisadores do Centro de Ciências Exatas da UEM se repetem nos campos Ciência de Materiais e Química. O professor aposentado Edvani Curti Muniz figura em 9º e 16º lugar nacional nas respectivas áreas, somando 461 publicações e mais de 20 mil citações; na mesma ordem, o professor Adley Forti Rubira acumula as posições 28 e 43 entre os cientistas brasileiros, somando 389 publicações e 13.816 citações.

Para Edvani, a produção de conhecimento técnico e científico está relacionada ao desenvolvimento sustentável da sociedade. “Os países mais desenvolvidos do mundo têm alta capacidade de produção científica e as universidades estaduais do Paraná vêm contribuindo para o desenvolvimento, principalmente no Interior do Estado, com pesquisas publicadas nos mais diversos periódicos acadêmicos. Sem dúvidas, existe uma correlação direta entre o bem-estar e a riqueza da sociedade, por meio da produção do conhecimento”, enfatiza.

Atualmente, Edvani atua nos programas de pós-graduação em Química da UEM; em Ciência e Engenharia dos Materiais da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Londrina, no Norte paranaense; e em Química da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina (PI), no Nordeste brasileiro.

Universidades

O portal Research.com classifica ainda as melhores universidades do mundo com base na reputação dos cientistas avaliados nas 17 categorias. Nesse cenário, o desempenho dos pesquisadores da UEM, UEL e UEPG, nas seis áreas de destaque, refletiram diretamente nos resultados institucionais. Na prática, o ranking busca capitalizar o fator humano como ativo valioso para as instituições de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica.

Em três categorias, a UEM sustenta o título de melhor universidade da região Sul. Entre 23 instituições brasileiras classificadas em Zootecnia e Veterinária, por exemplo, a estadual paranaense ocupa a 6ª colocação, reunindo três pesquisadores que somam 412 publicações. A UEL vem na sequência, em 9º lugar, com dois pesquisadores e 212 publicações. No mundo, as duas universidades estão classificadas nas posições 123 e 173, respectivamente.

Na área Ecologia e Evolução, a UEM está em 6º lugar nacional, com três pesquisadores e 454 publicações, liderando a região de forma absoluta e isolada como a única universidade do Sul do País, entre 26 instituições brasileiras classificadas nessa modalidade. No global, a paranaense está classificada na posição 312 do ranking.

Já em Ciência de Materiais a UEM figura na 7ª colocação nacional, com dois pesquisadores que, juntos, somam 402 publicações. Em seguida, a UEPG assegura o 9º lugar. No ranking geral, as duas universidades aparecem nas posições 585 e 742, nessa ordem.

Para a assessora de Relações Internacionais da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Marila Annibelli Vellozo, os resultados de diferentes rankings demonstram a alta capacidade da produção científica paranaense.

“As universidades são fator chave para a inovação e o fato de a pesquisa paranaense estar conectada às demandas locais e regionais contribui em termos de replicação do conhecimento, promovendo a excelência institucional nos padrões do mundo globalizado”, afirma.

Além dos pesquisadores das instituições estaduais de ensino superior paranaenses, quatro pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e três da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) estão presentes no ranking. (Com assessoria)