Na manhã desta sexta-feira (15), a secretária-geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Aline Osorio, participou de evento promovido pelo Google Brasil para lançar ferramentas que vão aumentar a transparência dos anúncios eleitorais exibidos pela plataforma.
“A parceria no combate à desinformação entre o Google e o TSE tem sido muito frutífera e nós esperamos continuar e aprofundar ao longo deste ano em preparação para as próximas eleições”, afirmou a secretária, que coordena o comitê permanente de desinformação da Corte Eleitoral.
O anúncio foi feito durante entrevista coletiva realizada em formato virtual. A partir de novembro, somente contas verificadas poderão veicular propaganda política no site de buscas. Além disso, relatórios de transparência de anúncios políticos com os nomes dos anunciantes e a quantia gasta em cada conteúdo também serão divulgados, a exemplo do que ocorre em outros países como Estados Unidos, Austrália e Israel.
Desde setembro, a empresa tem solicitado que anunciantes que desejam divulgar partidos políticos, titulares de cargos públicos eletivos federais ou candidatos apresentem documentos para comprovação da identidade. No dia 17 de novembro, a verificação será obrigatória. Toda publicidade política deverá, ainda, conter a frase “Propaganda Eleitoral” e o CPF ou CNPJ do anunciante.
Parceria
Desde 2019, o Google Brasil é parceiro do TSE no Programa de Enfrentamento à Desinformação. Além de realizar treinamentos com servidores da Justiça Eleitoral em todo o país sobre as ferramentas da plataforma, a empresa promoveu lives com o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, para divulgar os protocolos sanitários a serem seguidos no pleito realizado no ano passado e disponibilizou diversos recursos com o objetivo de ajudar os eleitores a encontrarem conteúdos confiáveis relacionados às Eleições 2020.
O Google Brasil também participou de transmissões feitas em parceria com a Corte Eleitoral para desmitificar lendas eleitorais e conscientizar a população sobre a importância da checagem de fatos como forma de enfrentar a desinformação. Aline Osorio comunicou que o balanço de atividades dessa parceria será divulgado durante o Seminário Internacional sobre Desinformação, marcado para acontecer no próximo dia 26 de outubro.
Ela também explicou que a estrutura do programa sofrerá modificações e será baseada em apenas três eixos: informação, capacitação e resposta.O objetivo, segundo a secretária-geral da Presidência do TSE, é ampliar o número de entidades participantes para combater fake news com conteúdos checados e confiáveis, assegurando que a mensagem seja bem compreendida por todos.
“Nossa perspectiva é que 2022 vai ser um desafio. Nenhum Tribunal ou instituição pode querer sozinho combater a desinformação. O jornalismo de qualidade, informativo, é essencial nesse processo”, afirmou Aline.
Outras novidades
Além da secretária-geral da Presidência do TSE, participaram do evento a gerente de políticas públicas do Google, Karen Duque; o coordenador do Google News Lab no Brasil, Marco Túlio Pires e a advogada especialista em anúncios e plataformas de publicidade no Google, Natália Kuchar, e o head de comunicação da empresa, Rafael Corrêa.
Outra novidade anunciada pelos representantes do Google é a possibilidade de acesso aos conteúdos eleitorais pagos exibidos em todos os formatos permitidos pela plataforma, dos textos aos vídeos veiculados no YouTube. A previsão é de que a ferramenta seja lançada oficialmente no primeiro semestre de 2022.
Também foi informado que a empresa destinará R$ 1,5 milhão a organizações não-governamentais que desenvolvam projetos voltados à candidatura de mulheres, indígenas, comunidade negra e LGBTQIA+ com a finalidade de apoiar o aumento da representatividade política de minorias. As instituições beneficiadas serão anunciadas nos próximos meses.
Sobre o Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação
Criado com o intuito de combater notícias falsas envolvendo temas ligados às eleições disseminadas na internet, o Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação conta com a participação de 70 entidades, incluindo instituições públicas e grandes plataformas como o Google Brasil, Instagram, Facebook e WhatsApp.
A iniciativa foi instituída pela primeira vez em agosto de 2019, após a experiência de ataques sofridos durante a campanha de 2018, e como forma de se preparar para as Eleições 2020. A parceria entre as instituições se tornou um dos principais pilares do combate à desinformação, uma vez que contrapõe eventuais notícias falsas com notícias verdadeiras apuradas e checadas com o auxílio da imprensa profissional. A lista completa das entidades pode ser conferida na página Desinformação, feita para dar amplitude ao programa e manter a sociedade atualizada sobre as ações. (Com assessoria)