Por um Campos Gerais mais desenvolvido. O programa Paraná Produtivo do Governo do Estado chegou à região. O secretário de Estado de Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge, realizou durante reunião ordinária da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), a primeira oficina do programa, a de mobilização.
Com um diagnóstico da região, o Governo do Paraná pretende discutir potencialidades e elencar questões prioritárias para diminuir as desigualdades. “Um sonho grande se sonha junto”, disse Bernardo Jorge, destacando a importância da união dos prefeitos.
Para dar início ao programa, o secretário iniciou conversa com os gestores da AMCG. “Estamos iniciando uma das pautas mais importantes para a região, e temos o secretário como parceiro para este novo ciclo de desenvolvimento”, avalia o presidente da Associação, e prefeito de Castro, Moacyr Fadel. “Eu e o Fadel estamos juntos para buscar a política raiz, aquela preocupada com o bem comum”, garante o secretário.
De acordo com a anfitriã do evento, a vice-presidente da AMCG e prefeita de Carambeí, Elisângela Pedroso, a entidade tem muito a colaborar para o programa. “O desenvolvimento da região está em nossas mãos”, destaca.
Para isso, uma plataforma do Governo com análises regionais (paranaprodutivo.com.br) vem ajudando os gestores. “Temos que trabalhar com inteligência de dados. Mas os gestores devem ser ouvidos já que conhecem as demandas locais para estabelecer as novas diretrizes”, aponta o secretário, citando o Planejamento Regional Integrado que será construído.
O principal objetivo, conforme Bernardo Jorge, é aumentar a riqueza dos municípios, explorando o que cada região tem de melhor. Ele citou a base de dados da região da AMCG, que faz parte do cinturão agropecuário do Estado, com diversos dos municipios liderando produções, como leite, tomate, mel e madeira, por exemplo. “Foi um momento muito importante, pois nossos prefeitos foram ouvidos e explanaram sobre suas dificuldades”, contou Fadel.
Os prefeitos de Piraí do Sul Henrique Carneiro, e de Reserva Lucas Machado, destacaram as produções de morango e de tomate, respectivamente, que contam com grandes perdas pela falta de indústrias para absorver e evitar desperdícios da produção. “De 35 a 40% é jogado fora. Precisamos de uma política de atração de investimentos”, avalia Machado.
Além de atrair investimentos “de fora”, com um processo de reindustrialização descentralizada dos grandes centros, o secretário destacou a importância de incentivar os investimentos do próprio paranaense. “Temos que criar um ambiente necessário para isso, mudando o nosso entorno e assim deixar um legado”, avalia.
Durante o encontro, o chefe da pasta de Planejamento do Estado citou ainda outros dados que devem estar no foco dos gestores para a construção do Planejamento regional integrado, como o salário médio da população, visando empregos de qualidade, e o número de jovens no campo.
O Planejamento de Desenvolvimento regional Integrado deve pautar o plano de investimentos do Governo Estadual. “Nosso foco é no protagonismo regional”, aponta o secretário.
ExpoDubai
Além de apresentar o programa Campos Gerais produtivo, o secretário de planejamento e projetos estruturantes ressaltou o convite do Governo do Estado para a Associação dos Municípios dos Campos Gerais, que deve participar de um evento global de investimentos. “Fomos convidados a fazer parte da comitiva do Paraná na ExpoDubai que acontece no próximo mês”, exulta o presidente.
Conforme Fadel, a região será exposta para o mundo durante a missão técnica em Dubai. Conforme a Invest Paraná, que realizou convite formal à AMCG, haverá uma apresentação para investidores e empresários, dos potenciais do Estado e de suas cidades com o objetivo de atrair investimentos, parcerias e negócios.
Prefeitos conhecem novos projetos
O encontro ordinário da AMCG em Carambeí contou ainda com outros assuntos na pauta. O desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, Abraham Lincoln, apresentou o projeto Moradia Legal aos prefeitos. De forma virtual, ele apresentou como a adesão dos municípios ao projeto facilita a regularidade de lotes ilegais. “A execução é simples e sem mexer nos cofres públicos”, disse.
Representando a Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG), Sandra Queiroz e Nelson Canabarro apresentaram estudo preliminar de impacto do fim da concessão do pedágio nos Campos Gerais. Conforme Canabarro, “em resumo”, as Prefeituras devem se preparar para algumas perdas como o ISS com menos R$ 37 milhões anuais aos cofres públicos. “Sabemos que haverá consequências. Devemos nos aprofundar sobre o tema em um próximo encontro”, antecipou a vice-presidente da AMCG e prefeita de Carambeí, Elisângela Pedroso.
Os trabalhos dos Comitês Territoriais Avança Campos Gerais e Vale do Tibagi também foram apresentados para os prefeitos na manhã desta sexta-feira. As presidentes Giorgia Bin Bocheneck e Ericleia da Silva apresentaram os eixos a serem trabalhados pelo grupo e a importância da representatividade de todos os municípios da AMCG. (Com assessoria)