O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu nesta sexta-feira (9), no Palácio Iguaçu, o comandante-geral do Exército Brasileiro, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e uma comitiva com o alto comando da instituição militar. Esta é a primeira visita oficial do comandante ao Estado e, além de Curitiba, ele também estará em Ponta Grossa para visitar a área onde poderá ser instalada a Nova Escola de Sargentos do Exército, um terreno de 45 quilômetros quadrados que hoje abriga a fazenda-modelo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
No encontro, Ratinho Junior reforçou o interesse do Estado em abrigar a instituição de ensino militar, que deve reunir as estruturas de duas unidades do Exército: a Escola de Sargentos das Armas (ESA), localizada atualmente em Três Corações (MG), e a Escola de Sargentos de Logística, do Rio de Janeiro. Com a nova escola, o Estado deve receber um contingente de cerca de 8 mil pessoas, incluindo 2,5 mil alunos, instrutores, corpo administrativo e os familiares dos militares, o que representará um novo marco de desenvolvimento para o município dos Campos Gerais.
“O Governo do Estado, a prefeitura e a sociedade de Ponta Grossa abraçaram essa iniciativa desde o início. Entendemos que temos o local ideal, além de capacidade de melhorar a estrutura de atendimento para os nossos sargentos”, destacou. “As novas instalações, que podem se tornar a maior Escola Militar das Américas, além da mais moderna, devem inaugurar uma nova era nos Campos Gerais e no Paraná como um todo. É um novo capítulo na nossa história”.
Em junho, Ratinho Junior esteve em Brasília para definir com a Embrapa a possibilidade de cessão do terreno ao Exército. Uma comitiva da corporação já tinha vindo a Ponta Grossa para conhecer a área que pode abrigar as futuras dependências – a única entre as três cidades (Ponta Grossa, Recife e Santa Maria) em que o terreno não pertence ao Exército. Em contrapartida à cessão do imóvel, a Embrapa ocuparia uma área do Exército localizada no município vizinho de Palmeira.
Além desse local, o Governo do Estado a prefeitura podem também ceder outras áreas para a corporação, incluindo uma fazenda em Campo Largo onde a instituição pode implantar um campo de instruções que serviria à estrutura da Escola de Sargentos.
“Acreditamos muito nesse projeto e não medimos esforços para fazer com que ele aconteça. Os 45 quilômetros quadrados disponibilizados apenas em Ponta Grossa, além de outros imóveis, representam um incremento impressionante ao patrimônio do Exército”, disse. "A estrutura da Escola de Sargentos vem para transformar ainda mais o Paraná. Será uma nova cidade dentro de outra cidade".
Seleção
O general Paulo Sérgio também esteve nesta semana em Porto Alegre e Santa Maria (RS). A cidade gaúcha é uma das que disputam com Ponta Grossa a implantação da Escola de Sargentos, além de Recife (PE). Nos estudos iniciais, o Exército considerava áreas em 16 localidades, até selecionar essas três. A decisão final virá em agosto, após submissão ao Órgão Colegiado Superior da corporação.
“As três cidades foram selecionadas pelas características e as condicionantes que precisamos. Estamos vindos de Santa Maria e agora, em Ponta Grossa, vamos conhecer o projeto pessoalmente, e depois também a Recife”, explicou o comandante. “É uma decisão muito técnica, porque a Escola será para sempre, uma verdade cidade onde será instalada, o que mostra a grandeza desse projeto. O Paraná se engajou nessa disputa. Ficamos honrados".
Ponta Grossa
Em Ponta Grossa, há a possibilidade de disponibilizar outros imóveis na cidade para instalações dos Próprios Nacionais Residenciais (PNR), para moradia de militares e familiares. Além disso, o Aeroporto Sant’Ana passará por uma reforma e terá um novo pátio de aeronaves, estacionamento de veículos e um terminal de passageiros com mais de 2 mil metros quadrados. O investimento é de R$ 35 milhões. Um hangar será disponibilizado para a futura escola.
Segundo a prefeitura, entre os pontos fortes da cidade estão a área disponibilizada, a relação com as estruturas do Exército já exsitentes na cidade e a qualidade de vida percebida através da saúde, educação e condições básicas, como energia e saneamento básico. "É uma cidade que se preparou e está pronta para receber essa estrutura. Será muito produtivo para a nossa economia e a nossa sociedade", disse a prefeitra Elizabeth Schmidt.
A infraestrutura e a localização de Ponta Grossa são pontos que se somam a seu favor. Quarta em número de habitantes no Paraná, com uma população de 355 mil pessoas, é a cidade de maior porte mais próxima da Capital. Fica a 108 quilômetros de Curitiba, a cerca de 130 quilômetros do Aeroporto Internacional Afonso Pena e a 200 quilômetros do Porto de Paranaguá.
Mais que isso, é um verdadeiro ramal logístico, com um entroncamento rodoviário que permite acesso fácil às demais regiões paranaenses e aos estados vizinhos. É cortada pela BR-376, a Rodovia do Café, que faz a ligação do porto e da Capital com o Norte e Noroeste do Paraná, além de estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul. Também tem o escoamento facilitado para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e até Brasília.
Presenças
Participaram do encontro o comandante de Operações Terrestres, general José Luiz Dias Freitas; o chefe do Estado Maior do Exército, general Marcos Antonio Amaro dos Santos; o chefe do Departamento de Engenharia e Construção, general Júlio César de Arruda; o comandante militar do Sul, general Valério Stumpf Trindade; o chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, André Luís Novaes Miranda; o comandante da 5ª Divisão, general de Divisão Carlos José Russo Assumpção Penteado; o assessor do Departamento de Educação e Cultura do Exército, general de Divisão Joarez Alvez Pereira; o diretor de Patrimônio Imobiliário de Meio Ambiente do Exército, general Paulo Alípio Valença; o vice-governador Darci Piana; os secretários Sandro Alex (Infraestrutura e Logística), Romulo Marinho Soares (Segurança Pública) e João Evaristo Debiasi (Comunicação Social e Cultura); o sub-comandante-geral da Polícia Militar, coronel Noé Barroso Torres; o major Sérgio Vieira Benício, representando a Casa Militar; o diretor-geral da Secretaria de Segurança Pública, João Alfredo Zampieri; e a gerente de Projetos da Paraná Projetos, Tyeme Bando. (Com assessoria)