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Cidades 06/07/2021

Com projeto da sociedade civil, governo pode instalar trincheira na PR-444

Implantação de uma trincheira e dois viadutos irão melhorar os acessos da rodovia, que corta a cidade do Noroeste do Paraná

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Com projeto da sociedade civil, governo pode instalar trincheira na PR-444

O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu nesta terça-feira (6), no Palácio Iguaçu, a prefeita de Mandaguari, Ivonéia Furtado, e representantes da sociedade civil do município para discutir a possível implantação de uma trincheira e dois viadutos a fim de melhorar os acessos da PR-444, que corta a cidade do Noroeste do Paraná. A proposta é que o projeto executivo seja elaborado e financiado pela sociedade civil, para que o Governo do Estado possa executar as intervenções.

A implantação das obras de arte especiais já foi debatida anteriormente com a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística e com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR). A partir de então, empresários do município, capitaneados pela Associação Comercial e Empresarial de Mandaguari (Aceman), comprometeram-se a financiar o projeto executivo, que deve custar R$ 450 mil e vai detalhar as especificidades da obra, incluindo a previsão de valor e do prazo de execução.

Com o projeto em mãos, é possível incluir a construção dos acessos no orçamento do Estado, com a possibilidade de executar as três obras de uma vez ou de forma escalonada, conforme a prioridade. “Nossa sugestão é que, se o projeto ficar dentro do orçamento, podemos fazer um remanejamento dos recursos para executar de uma vez só. Caso fique acima do valor esperado, podemos fazer um cronograma de investimentos”, disse o governador.

“É um projeto que beneficia não só Mandaguari, mas toda a região. A cidade está se desenvolvendo bastante, com a instalação de diversas indústrias que dependem dessa melhoria para poder escoar sua produção”, salientou Ratinho Junior.

As travessias, ressaltou a prefeita, são essenciais para ligar os dois lados do município, ampliar a expansão industrial na cidade e trazer mais segurança para quem trafega ou precisa atravessar a rodovia. “O município é praticamente dividido pela rodovia, e esses acessos podem fazer a ligação com a área rural”, afirmou Ivonéia.

“Além de facilitar para as empresas instaladas na cidade, que têm dificuldade de atravessar de um lado a outro da rodovia, também vai reduzir acidentes e melhorar o transporte escolar”, destacou a prefeita.

“Queremos o apoio do Governo do Estado para essa obra que vai mudar a realidade do município. Mandaguari cresceu muito, temos grandes indústrias que querem se expandir. Hoje é um perigo para os funcionários dessas empresas atravessarem de um lado para outro da rodovia”.

O secretário estadual da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, explicou que há um prazo de 90 dias para elaboração do projeto executivo, para então o governo poder atender o pedido do município.

“Sociedade e município se uniram e o governador autorizou que eles executem o projeto executivo. Com ele pronto e conforme o valor que será determinado nessa fase, o Estado poderá atender essa demanda. Vamos buscar uma solução para a segurança viária e logística para Mandaguari, que aguarda essas obras há muitos anos”, destacou. 

Pontos críticos

As obras devem resolver alguns gargalos da PR-444, que liga os municípios de Marialva e Arapongas e corta praticamente a cidade inteira de Mandaguari. O principal ponto crítico do trecho é o cruzamento que dá acesso à Estrada Alegre, uma das mais movimentadas do município.

Reivindicação antiga da população, a construção de uma trincheira nesse acesso chegou a ser incluída no pacote de obras da concessionária que administra a rodovia, mas acabou retirada pela empresa.

O presidente da Aceman, Aguinaldo Campigotto, explicou que há inclusive indústria já construída que não consegue operar por falta dos acessos, que impede a entrada de caminhões na unidade.

“A sociedade civil organizada resolveu ceder esse projeto para o governo e pedir a execução das obras. Essas passagens podem transformar aquela região da cidade economicamente. Mas o principal impacto é na segurança, nas vidas que podem ser salvas, já que a travessia da rodovia se tornou muito perigosa”, disse.

O segundo acesso está localizado na passagem da Estrada Vitorinha do Meio, que por causa da grande expansão industrial, se faz necessária a construção de uma rotatória e avenida marginal. O terceiro ponto que necessita de intervenção é a sequência da Estrada Spoladore, o principal acesso ao polo cafeeiro do município. (Com assessoria)