O entrave no transporte coletivo de Ponta Grossa é o assunto tratado pelo jornalista Eduardo Farias no blogdodoc.com nesta segunda-feira (10), em entrevista com o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), Celso Cieslak.
Na conversa, o presidente da AMTT expõe o quadro financeiro da concessionária, a Viação Campos Gerais (VCG), diante dos impactos da pandemia e também em decorrência dos reajustes da passagem autorizados desde 2018.
A VCG alega que teve prejuízo na casa dos R$ 50 milhões com reajustes menores do que a empresa afirma ser o correto e com a pandemia.
Entretanto, segundo Cieslak, somente o valor correspondente aos 18 dias em que a empresa ficou impedida de operar, diante do decreto do lockdown para enfrentamento da Covid-19, e que deve ser arcado pela Prefeitura. Esse valor deve ficar próximo dos R$ 2,6 milhões.
Para Cieslak, com a autorização do repasse de montante à empresa, deve ser viabilizado o pagamento dos salários dos funcionários, que estão em greve pela falta de quitação.
Nos próximos meses, com a flexibilização das restrições à circulação de pessoas no Município, Cieslak entende que a empresa conseguirá reequilibrar as suas contas e encerrar o entrave com os funcionários.
Uma audiência na Justiça do Trabalho está marcada para a próxima quarta-feira (12), na tentativa de conciliação entre a VCG e os funcionários. Assim, a expectativa é de que o Município anuncie o aporte dos R$ 2,6 milhões referentes aos dias de transporte parado diante do lockdown nesta terça-feira (11), para que a empresa use os recursos para pagar os empregados.
O presidente da AMTT fala ainda como estão as discussões sobre o pedido da empresa para o reajuste da passagem, que deve pautar as ações do Conselho Municipal do Transporte Coletivo nos próximo meses.
EstaR Digital
Cieslak é indagado ainda a respeito da situação do contrato do Estacionamento Regulamentado Digital, que foi renovado por um ano com a empresa Cidatec. Ocorre que tal empresa é alvo da operação Saturno, do Gaeco, que levou à prisão de três dos seus sócios, mais o vereador Valtão, sob acusação de corrupção em CPI que analisou o contrato na Câmara.
Segundo Cieslak, um edital para contratação de nova empresa para operar o sistema deve ser publicado dentro de 30 dias, e que o contrato com a Cidatec foi renovado para que o serviço não fosse suspenso. Ele ressalta que existe uma cláusula na renovação que determina o fim da operação pela Cidatec assim que a nova empresa seja contratada via nova licitação.
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