O plenário da Câmara de Ponta Grossa negou, por unanimidade, novo pedido feito pelo vereador Walter José de Souza, o Valtão, para se licenciar do cargo. A solicitação foi votada na sessão desta segunda-feira (3) da Casa. Valtão havia se licenciado por 25 dias sem remuneração e, com o término do prazo, voltou a pedir licença, dessa vez por 20 dias. No entanto, acabou rejeitada pelos vereadores.
Valtão está em prisão domiciliar deste o início do ano, depois de ser alvo de Operação do Gaeco, em dezembro passado. Ele é acusado de receber propina para favorecer a empresa Cidatec, dentro da CPI do Estacionamento Regulamentado Digital, na qual ocupou a função de relator do processo.
O parlamentar enfrenta um processo de pedido de cassação dentro de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPP). A denúncia foi feita pelo PRTB, partido pelo qual Valtão se reelegeu.
O relator da CPP, vereador Izaías Salustiano (PSB), foi quem fez a solicitação de votação nominal para o novo pedido de licença de Valtão. Foram 13 votos contrártios e nenhum favorável.
"Creio que não é bom para a Câmara ficar com uma cadeira ociosa. Isso atrapalha nas votações. Assim, se o vereador quiser se licenciar, que seja por um período maior do que 30 dias, para que o suplente assuma e não deixe essa vacância", ressaltou Izaías,
O presidenre da Câmara, Daniel Milla (PSD), explicou que a Câmara não pode convocar o suplente se o pedido de licença for menor do que 30 dias. O suplente do PRTB é o ex-vereador e atual presidente da AMTT, Celso Cieslak.