Um índice que mede o progresso social dos municípios, com metodologia reconhecida internacionalmente. Um site onde esses dados ficam disponíveis para as comunidades e governos, possibilitando interação e a gestão pública participativa nos municípios.
Tudo isso foi colocado em prática nesta quinta-feira (21), com o lançamento do Índice de Progresso Social (IPS) para 37 municípios da região de Telêmaco Borba e Ortigueira, área de atuação da Klabin na região dos Campos Gerais do Paraná. O trabalho é uma parceria inédita da empresa com a Fundación Avina, organização presente em 20 países que promove a geração de mudanças em grande escala para o desenvolvimento sustentável na América Latina, e o Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).
O lançamento ocorreu num evento online com a participação do secretário de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge, prefeitos, representantes das instituições regionais, das comunidades e da empresa.
“A construção deste importante índice está em linha com a nossa Política de Sustentabilidade e nos ajuda a proporcionar diagnósticos e ferramentas para que as regiões onde atuamos se desenvolvam de forma planejada e estruturada, e estejam preparadas para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, a chamada Agenda 2030”, afirma Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da Klabin.
O que é IPS?
O IPS é um índice que tem sido utilizado ao redor do mundo para medir e comparar progressos sociais e direcionar investimentos, tanto na área pública como privada. A ferramenta tem apoiado cidades, países e regiões a medir seus avanços rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), acordados por todos os países-membros da ONU (Organização das Nações Unidas).
Desenvolvido pela organização sem fins lucrativos “Social Progress Imperative”, baseada em Washington, nos Estados Unidos, em parceria com a Harvard Business School e o MIT (Massachusetts Institute of Technology), o IPS tem o diferencial de medir apenas resultados sociais e ambientais com impacto direto na vida da população. Ele considera três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos de Bem-estar e Oportunidades. Cada dimensão é dividida em quatro componentes, conforme o quadro abaixo.
Resultados
Para o IPS dos municípios da região dos Campos Gerais, foram utilizados dados oficiais de fontes públicas somados a uma pesquisa de percepção realizada com 1.500 pessoas em 12 municípios da região, no mês de dezembro de 2019.
Os resultados mostram que o IPS médio das cidades do território foi de 53,17 em 2019. Isso significa que, em média, se está na metade do caminho para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável medidos pelo índice.
Segundo o estudo, estão acima da média Telêmaco Borba (60,5), Sapopema (57,5) e Tibagi (55,5); na média, Rio Branco do Ivaí (54), Curiúva (54,5), Congoinhas (52,2) e Ortigueira (51,6); e abaixo da média Ventania (51,4), Reserva (51), São Jerônimo da Serra (50,3), Cândido de Abreu (50,1) e Imbaú (49,1).
Além da comparação geral entre os municípios, a ferramenta permite analisar áreas específicas. Um semáforo de três cores indica se a localidade está mais bem posicionada do que a média da região (cor verde), se está abaixo da média (cor vermelho) ou próxima à média (cor amarela). Todos os resultados estão disponíveis no portal Território em Desenvolvimento, basta acessar territorio.app.br.
A diferença entre o IPS e outras métricas que observam o desenvolvimento social, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por exemplo, é que ele prioriza a observação de indicadores socioambientais em detrimento das variáveis econômicas.
“Progresso social não está necessariamente ligado ao crescimento econômico. Uma boa gestão dos recursos e a participação das comunidades podem ser determinantes para o progresso social”, explica Marcelo Mosaner, gerente da Fundación Avina, responsável pelo IPS na América Latina. “Poucos municípios no Brasil e na América Latina têm acesso a dados tão atualizados e relevantes sobre sua situação e a de sua região. E eles são muito valiosos para a gestão pelos poderes públicos, comunidades e iniciativa privada”, complementa.
Gestão
Para o secretário de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge, um dos grandes benefícios do IPS é a possibilidade de os municípios terem melhor gestão dos pontos positivos e oportunidades de atuar em cada um dos quesitos avaliados. “O detalhamento do indicador permitirá identificar ações que, compartilhadas entre a comunidade local e o poder público, resultarão na melhoria das condições socioambientais dos municípios”, observa.
Os indicadores também servirão para avaliação dos programas sociais que a própria Klabin desenvolve no território. “Temos programas sociais de apoio a esses municípios nas áreas de planejamento, educação, agricultura familiar e resíduos sólidos, e o IPS nos ajudará a medir o valor que cada uma dessas iniciativas entrega para as comunidades”, afirma Uilson Paiva, gerente de Relações com a Comunidade e Responsabilidade Social da Klabin. (Com assessoria)