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Destaques TV Doc 03/07/2020

Elizabeth Schmidt deve ser a candidata do Governo para sucessão de Rangel

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Elizabeth Schmidt deve ser a candidata do Governo para sucessão de Rangel

A vice-prefeita de Ponta Grossa, professora Elizabeth Schmidt (PSD), foi a entrevistada do jornalista Eduardo Farias na série com pré-candidatos à Prefeitura para o pleito municipal que ocorrerá em 15 e 29 de novembro. A gestora indicou ao ‘Doc.com na Rede!’, iniciativa do Portal aRede e Jornal da Manhã em parceria com o blogdodoc.com, que sua trajetória na vida pública a credencia a ser a primeira mulher a assumir, de forma efetiva, o cargo mais alto do Executivo ponta-grossense.

Eduardo Farias: A senhora deve ser a representante do PSD e do Governo para essa sucessão do prefeito Marcelo Rangel (PSDB)?

Elizabeth Schmidt: Desde os primeiros dias da nossa gestão, em 2017, as pessoas vinham me dizer, e a imprensa toda, que eu seria a sucessora natural do prefeito Marcelo Rangel. Devido ao momento, esse impacto que o mundo está sofrendo, e Ponta Grossa também não deixa de ser, o partido realmente está devagar com relação a essa discussão ampla.

Ele está preparado, preparando os seus correligionários, filiados, candidatos e pré-candidatos. Nós já fizemos, inclusive, cursos online do PSD para sermos candidatos, todos nós já fizemos. A discussão está aí. A definição, como você mesmo sabe e eu tenho como experiência, será na hora da convenção partidária. ‘Pré’ é um nome muito prático para se dizer que pode ser, mas não se sabe se será.

EF: Como a senhora vê de colocar uma campanha sua na rua se esse for o entendimento do grupo (PSD)?

Elizabeth Schmidt: Eu penso que o grupo está encaminhado. O partido está estruturado. Eu, confesso que eu, finalmente, depois de um longo período que eu sou e estou envolvida na política, justamente porque eu, professora de sociologia, a ciência que estuda a sociedade, dizia para meus alunos: não podemos só passar pela sociedade, sem viver e sem se comprometer.

Porque é muito fácil você não assumir nada, nem um cargo, não colocar o seu nome à vista e ser peleado, só ficar indicando. Então, penso que o grupo é coeso. Temos uma equipe que está fazendo uma administração espetacular, ligada e apoiada pelo PSD, PSDB, Avante, PV. Tem um comprometimento e uma conversação interna entre os partidos que viabilizam à candidatura do melhor nome que for escolhido nessa convenção.

EF: A candidatura que vier representar o atual governo terá uma estrutura forte por contar com o apoio do Governo Municipal e, muito provavelmente, com do Governo Estadual?

Elizabeth Schmidt: Com certeza, será muito forte, esse trabalho que vai ser desenvolvido. Porque, realmente, as possibilidades, conversas são inúmeras, as proximidades são excelentes. Então, nós temos vendo tudo que está acontecendo no nosso Governo com essa proximidade ao Governo do Ratinho.

Eu, sendo, do partido dele (Ratinho Junior), do vice-governador, do deputado e secretário Sandro Alex, e de muitos outros, penso que nós podemos sim chega a vitória.

EF: A senhora foi a primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita. Chegou a hora de uma mulher assumir definitivamente esse posto?

Elizabeth Schmidt: Todos sabem da importância de um prefeito para uma cidade. Ser vice-prefeita tem a mesma importância. Eu senti isso como substituta do prefeito em inúmeros eventos, oportunidades. Por 106 dias eu substitui oficialmente o prefeito. O prefeito já relevou uma pessoa que respeita o trabalho das mulheres.

Afinal, ele escolheu uma mulher como vice-prefeita, ele tem mais quatro secretárias mulheres, ele demonstra que a competência não se mede pelo gênero. Acho que isso não é impeditivo. Tive a grata felicidade de ser a primeira vice-prefeita, de ocupar o cargo de prefeito em exercício e quiçá poderei ser a prefeita oficial em 2021.

EF: A senhora já foi secretária, anos como vice-prefeita. Essa experiência acumulada conta muito para uma campanha?

Elizabeth Schmidt: Eu penso que é uma história de vida na política, de demonstração e respeito com a população. É uma história que sempre demonstrei ouvir as pessoas e de ter consciência que, se o século XIX foi o século dos impérios, o século XX foi o século das nações, o século XXI é o século das cidades.

Cidades que são compostas por pessoas, administradas por pessoas. E, que precisam de muitas pessoas e muitas mãos para chegar lá. Então, eu penso que se deslumbra aí um desfecho muito interessante para o nosso grupo.

EF: Quais seriam as prioridades para a próxima gestão, levando a continuidade desse Governo?

Elizabeth Schmidt: O prefeito Marcelo Rangel e eu quanto vice-prefeita, os nove mil servidores públicos que fizeram com que a nossa cidade taxiasse num aeroporto e fizesse um esforço de levantar voo e estar, agora, nesse momento, num voo de cruzeiro. É isso que estamos vivendo. O que eu vejo de perspectiva é que o pós-pandemia ele realmente vai ser muito difícil.

Teremos problemas, crise de todos os tipos. Mas, nós teremos que saber olhar todas as conquistas, reconhecer os erros e, principalmente, prospectar o futuro. É isso que eu pretendo fazer. Sei onde é importante dar prioridade. Como, por exemplo, recuperação econômica do Município é claro que vai acontecer, como no mundo inteiro, isso vai ser necessário.

EF: A senhora sendo eleita, no dia 1º janeiro de 2021, qual será sua primeira ação, prioridade?

Elizabeth Schmidt: Saúde, educação, emprego, qualificação profissional, não tem coisa melhor que isso. Segurança. Porque é isso que 51,4% da população de mulheres de Ponta Grossa desejam para seus queridos, filhos. Por exemplo: a meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE), prevê que as escolas em tempo integral têm que estar em 50% até 2024.

Sabe em quanto nós estamos hoje? Com 80%. Eu quero, em 2022, estar com 100% e todas as escolas em tempo integral. Eu quero fazer um plano da malha viária que hoje está com 75% de pavimentação, até o final do mandato estar com 100%. Para oito anos, para frente, estar 100%. Projeto da malha viária.

EF: Como tratar da renovação da confecção de um novo contrato no transporte público?

Elizabeth Schmidt: Eu penso que devemos ouvir a população. As audiências públicas, fazendo um estudo para que o sistema viabilize. Porque o sistema é importantíssimo para a cidade e ele tem uns ‘lances’ que a gente sabe que existem pontos fortes e pontos fracos e uma discussão em cima disso, que vai ser só em 2023 que irá acontecer, vai fazer parte de todos os conselhos da cidade que vão nos ajudar a chegar até lá.
Não vai ser eu, a prefeita, caso seja eleita, que vou decidir o que vai acontecer. É necessário discutir e rever, porque temos inúmeras mudanças acontecendo. Esse contrato foi feito muitos anos atrás, então a discussão irá acontecer, a licitação vai acontecer.

EF: Como você tem visto as ações do Prefeito Marcelo Rangel relacionado ao combate da Covid-19?

Elizabeth Schmidt: Vejo que essa pandemia está gerando uma dor e um luto coletivo, e eu vejo isso com grande preocupação. Eu acredito que PG tem feito um ótimo trabalho, nós temos conseguido administrar os números. Nós vimos e temos como exemplo os países da Europa e os Estados Unidos, que as aglomerações de pessoas favorecem o aumento dos casos da doença. E, se a população tivesse consciência, não precisaria ter decretos e nem toque de recolher.

Os decretos e as medidas são difíceis de serem tomadas. Não é nada fácil para o prefeito, ainda mais que isso divide a população: 50% quer fechar o comércio os outros 50% querem que abra todo o comércio. Todas as medidas tomadas foi com base na ciência, na medicina, no conhecimento e com muita segurança jurídica, para que as providências fossem tomadas, como por exemplo, as interdições dos espaços fossem feitas.

Assista a entrevista na íntegra: