A redação do Doc.com recebeu nesta quinta-feira (30) a vice-presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG), Priscilla Jaronski, para comentar sobre o trabalho do Conselho diante da pandemia do coronavírus e o resultado de uma pesquisa que aponta o impacto do Covid-19 nas empresas.
Primeiro momento
No primeiro momento o Conselho se organizou em mapear e coletar dados para entender a conjuntura da cidade e as possíveis consequências que o coronavírus viria causar na economia. Foram feitas perguntas aos empresários para elaborar um relatório que aborda o impacto do coronavírus na economia de Ponta Grossa.
A pesquisa recortou os setores por tamanho e pedrões de empresa. A partir disso, a vice-presidente afirma que as micro e pequenas empresas, e os setores de eventos, academias, bares e restaurantes foram os que mais sofreram com a crise causada pela Covid-19.
Relatório na integra: RELATORIO-–-IMPACTOS-DA-COVID-19-NA-ESTRUTURA-ECONOMICA-DE-PONTA-GROSSA-27042020
Escalonamento
Com a reabertura do comércio em forma de escalonamento houve uma retomada sutil, mas segundo Priscilla, ainda tem muito o que ser retomado. Ela também explica que é necessário a população se sentir segura para consumir, pois estes setores e empresários dependem do consumo.
"Defendemos uma abertura do comércio, mas com os devidos cuidados sanitário. A população precisa se sentir segura para ir até o local consumir", afirma a vice-presidente.
Aumento de casos
Para Priscilla existe uma preocupação em manter a renda os empregos e o cenário de caso controlados. Essa dicotomia também esteve presente em países que estão mais evoluídos na diminuição do vírus. Porém, ela ressalva que a má economia também mata.
"Ter bom senso para conseguir um equilíbrio, e garantir a saúde, a preservação dos postos de emprego e a economia. Além de trabalhar com políticas publicas que são amortizadoras dessa crise", opina.
Dificuldade na linha de crédito
A entrevistada também fez uma ressalva, ao comentar a dificuldade dos micro e pequenos empresários para conseguir ter acesso ás linhas de crédito. Para ela é papel do poder público criar políticas publicas setorizadas para englobar essas pessoas também.
O quanto os negócio aguentam
Quando foi feita a pesquisa que resultou no relatório, uma das perguntas era sobre quanto tempo o negócio dos empresários aguentaria se as medidas continuarem. A maioria respondeu entre um e dois meses. Para Priscilla a solução é linha de credito destinada a estes setores.
Empresas com dificuldades
Por fim a vice-presidente explica que para aqueles que enfrentam grandes dificuldades em seus negócios, procurem entidades que podem ajudar, como a Sala Empreendedor da Prefeitura, a Associação Comercial, o Sebrae, e outras que participam do Conselho de Desenvolvimento.
"Vivemos em uma cadeia, todos estão interligados. (...) Nosso papel [do Conselho] é desenvolver a cidade, pensar em uma Ponta Grossa para o futuro", finaliza.
Confira a entrevista na TV Doc: