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Destaques Eleições 29/01/2020

Douglas não será candidato a prefeito e Direita 'convoca' o juiz federal Bochenek

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Douglas não será candidato a prefeito e Direita 'convoca' o juiz federal Bochenek

O empresário rural Douglas Taques Fonseca, atual presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), não será candidato a prefeito nas eleições deste ano. Ele estava até o momento na condição de pré-candidato, mas em reunião realizada na noite de terça-feira (28), na sua residência, na presença de um grupo de cerca de 50 empresários e lideranças da cidade, Douglas anunciou a sua decisão em não participar do pleito. Ele agradeceu o convite, mas justificou que a idade avançada - ele está com 72 anos - e questões de saúde o impedem de enfrentar uma campanha no momento.

Diante da negativa, o grupo pediu a Douglas que indicasse um nome para representar a Direita na disputa pelo Palácio da Ronda. Prontamente, Douglas citou o nome do juiz federal Antônio César Bochenek. O nome do magistrado, conforme Douglas, foi prontamente aceito pelo grupo, que vê em Bochenek uma "candidatura ideal", quase "imbatível" para vencer a corrida eleitoral.

As informações acerca da reunião na casa de Douglas e a indicação de Bochenek para prefeito foram divulgadas pelo jornalista Adail Inglês, em sua conta no Instagram, e confirmadas pelo Doc.com junto ao presidente da ACIPG.

Demonstração de interesse

Indagado pelo Blog se já havia tratado com Bochenek sobre uma possível candidatura, Douglas disse que pessoalmente não, mas que amigos em comum o informaram que o juiz demonstrou interesse ao ter o nome cogitado para encabeçar uma chapa à Prefeitura, e que não havia respondido nem sim e nem não.

Douglas contou que, logo após sugerir o nome de Bochenek, e a sugestão ter sido tratada com empolgação pelo grupo de empresários, ligou para o juiz e manteve uma conversa no viva voz do telefone. No contato, o empresário expôs a vontade do grupo em ver Bochenek como candidato a prefeito. O juiz, segundo Douglas, afirmou que a possibilidade existe e que está analisando, mas que no momento não pode se pronunciar a respeito, por estar no exercício do magistrado. Douglas disse estar "bastante esperançoso" que Bochenek aceite a "convocação" da Direita.

"Seria a melhor coisa que pode acontecer. Vivemos em um momento em que a população está enjoada dos políticos, e o Bochenek seria uma pessoa nova na política, com grande credibilidade e responsabilidade pelo serviço já prestado como juiz. É uma pessoa honesta e vejo que ele pode ser o representante do ex-juiz Sérgio Moro e até mesmo do presidente Bolsonaro em Ponta Grossa", declarou Douglas, lembrando da atuação de Bochenek na operação Lava Jato e a proximidade com o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro.

"Por tudo isso acreditamos que se trata de uma candidatura com grande chance de eleição. Caso ele aceite, vamos entrar de cabeça na campanha", frisou Douglas, falando em nome do grupo de lideranças e empresários locais.

Decisão não é simples

Entretanto, a decisão de Bochenek não será das mais simples, tendo em vista que, para ser candidato a prefeito, terá que renunciar à carreira de juiz federal, assim como fez Sérgio Moro para ser ministro. "Teria que renunciar. A carreira de juiz encerra, por isso não é uma decisão simples, mas para a cidade seria muito bom e agora vamos aguardar qual será a resposta", finalizou Douglas, frisando que não foi estipulado prazo para uma resposta. O empresário enfatizou ainda que não está filiado a nenhum partido, ao contrário do que foi divulgado na imprensa recentemente, de que estaria no PSL.

O Doc.com procurou o juiz federal Antônio César Bochenek para falar a respeito da possibilidade de ser candidato a prefeito, mas ele não atendeu às ligações e também não houve retorno. Diante do que informou Douglas, o motivo seria o fato do juiz não poder se pronunciar a respeito de uma entrada na política por conta do posto que ocupa.

Serviços prestados

Bochenek é pontagrossense, formado na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e além dos serviços como juiz na cidade, já ocupou o cargo de presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), entre 2014 e 2016, e de presidente do Instituto Brasileiro de Administração do Sistema Judiciário (Ibrajus). Demostrou ter boa participação na parte política dentro do magistrado, tendo em vista que estes cargos são definidos através de eleições. Ele também tem no currículo a participação, via Justiça Federal, no amparo ao Hospital Municipal da Criança de Ponta Grossa, por meio da Associação dos Amigos do Hospital da Criança, que tem atuado para melhorar a estrutura do local e o atendimento prestado.