Desde o último sábado (03), o Aterro Botuquara não é mais destino final dos resíduos sólidos urbanos (RSU) gerados em Ponta Grossa. Com a contratação de novos destinos finais para os RSU do município, através do credenciamento de empresas com aterro sanitário privado e licenciado para serviços de recepção e destinação final de resíduos urbanos, a Prefeitura encerrou as operações do Aterro Botuquara. Dessa forma, os RSU gerados na cidade estão tendo destinação correta, em aterros sanitários que fazem o tratamento adequado.
“Hoje estamos anunciando a resolução de um problema histórico da cidade, que há mais de 50 anos vinha depositando seus resíduos em aterro a céu aberto, sem os tratamentos adequados. Com a modalidade de credenciamento, estamos garantindo que o lixo seja devidamente destinado, em aterros sanitários com os tratamentos ambientalmente corretos e por um valor justo. Essa vitória é resultado de todo o trabalho desempenhado pela equipe da Secretaria de Meio Ambiente, que desenvolveu o modelo de credenciamento e planilha de custos e que, com a educação ambiental e a ampliação da coleta seletiva, vem sensibilizando parte cada vez maior da população para a separação dos resíduos recicláveis”, comemora o prefeito Marcelo Rangel.
Chamada pública
A Prefeitura abriu, em novembro de 2018, chamada pública para credenciamento de empresas para a contratação dos serviços de recepção e destinação final de resíduos urbanos em um aterro sanitário. Com uma planilha de preços elaborada por técnicos da Prefeitura, o valor a ser pago pela tonelada de resíduo será de R$ 98,73, pelo prazo máximo de 60 meses, com uma previsão para destinação de 7.250 t/mês. Pela modalidade de credenciamento, mais de uma empresa pode habilitar-se para receber e dar destinação final ao RSU de Ponta Grossa, desde que atenda as exigências do projeto básico.
“Desde janeiro, uma pequena parte dos resíduos gerados na cidade já vinham sendo destinadas para um aterro em Curitiba, conforme capacidade da empresa. Com um novo credenciamento realizado nas últimas semanas, de aterro privado licenciado que tem condições de gerenciar uma capacidade maior, o Botuquara não está recebendo mais nenhum caminhão de resíduos desde o último sábado. Com a solução deste problema, a destinação correta dos resíduos sólidos de Ponta Grossa para um aterro sanitário devidamente licenciado, podemos agora começar a pensar em caminhos para recuperar a área do Botuquara”, aponta o secretário de Meio Ambiente, Paulo Barros.
Coletiva
Rangel anunciou oficialmente o encerramento das operações do Aterro Botuquara em coletiva para a imprensa na tarde desta segunda (05), com a presença do secretariado municipal, a equipe da SMMA e a presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema), Caroline Schoenberger.
“Hoje estamos vivendo um momento histórico, vendo o efetivo encerramento do Botuquara. Trata-se de um passo muito grande para preservação do meio ambiente. O Comdema realiza reuniões frequentes e sempre contou com a pré-disposição da SMMA para esclarecimentos de dúvidas, para receber sugestões na busca pela destinação devida dos resíduos. O conselho deve continuar com esse importante trabalho de mediar as demandas da população junto ao poder público”, destaca Schoenberger.
Medidas
Entre as medidas que colaboraram para a resolução da destinação final dos resíduos gerados em Ponta Grossa estão a formatação do modelo de credenciamento das empresas; a ampliação da coleta seletiva porta a porta; ampliação dos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs); compra de equipamentos para as associações de recicladores; intensificação da educação ambiental; parcerias com BO Packing, Assocampos, Apras, Shopping Palladium; e outras ações.
A Secretaria de Meio Ambiente também tem planos para melhorar cada vez mais o gerenciamento de resíduos, com ampliação da coleta seletiva para mais setores, investimento em novos equipamentos e maquinário para as associações de recicladores, implantação de aplicativo para acompanhamento do caminhão de coleta e realização de estudo para implantação de usina de resíduos sólidos orgânicos.
Após o encerramento das atividades do Botuquara, devem ser realizados estudos de investigação de passivo ambiental para conhecer quais serão as medidas técnicas necessárias para fazer o monitoramento e remediação da área contaminada. (Com assessoria)
Confira abaixo as entrevistas sobre o tema com o prefeito Marcelo Rangel e o secretário Paulo Barros:
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