O Palco Novas Sonoridades, do 11º Festival de Música de Ponta Grossa, promete agitar o final de semana dos dias 10 e 11 de agosto, no gramado da Estação Saudade. A Prefeitura de Ponta Grossa e a Fundação Municipal de Cultura divulgaram os 10 shows que farão parte do line-up do festival, consolidado como um dos maiores do sul do país. A programação terá Scalene (Brasília), Bixiga 70 (São Paulo), Dandara Manoela (Florianópolis), Machete Bomb (Curitiba), Central Sistema de Som (Curitiba) e as ponta-grossenses Cadillac Dinossauros, MUM, hoovaranas, Jerimoon e Índigo. Todos os shows são gratuitos.
De acordo com Eduardo Godoy, diretor do Departamento de Cultura e um dos curadores do festival, o Palco Novas Sonoridades surgiu em 2016 com a proposta de apresentar ao público bandas e artistas que estão despontando no cenário da música independente brasileira. “Acreditamos que a pluralidade faz do Festival de Música de Ponta Grossa um evento múltiplo e, por isso, inovador em sua natureza. Na curadoria prezamos pela brasilidade, pela inovação, pelo trabalho autoral e por interlocuções com variados estilos”, explica. As atrações de Ponta Grossa foram selecionadas por meio de um edital público.
Além das atrações musicais, o final de semana terá ainda a performance cênica-corporal ‘Pequenas Porções de Tempo’ (pelo SESC Encena) e um festival de food trucks, com foco na comida vegetariana e vegana. “Nosso objetivo com este palco é proporcionar um espaço de convívio e novas experiências, em um local agradável aonde as pessoas podem curtir o final de semana com seus amigos e familiares, valorizando sempre a música brasileira”, destaca.
No sábado, 10 de agosto, a agenda começa às 15h com a banda hoovaranas, seguida por Jerimoon (16h30), Central Sistema de Som (18h), Cadillac Dinossauros (19h30) e fechando com Machete Bomb (21h). Já no domingo, a música começa com Índigo (15h) e segue com Dandara Manoela (16h), com a intervenção cênica Pequenas Porções de Tempo (17h30), com o show de MUM (18h), encerrando com chave de ouro a programação com Scalene às 19h30 e Bixiga 70 às 21h.
A programação completa do 11º Festival de Música de Ponta Grossa, que engloba mais de 60 atividades entre os dias 02 e 11 de agosto, está disponível no http://cultura.pontagrossa.pr.gov.br/festivaldemusica, bem como nas redes sociais oficiais da Fundação de Cultura e pelo aplicativo Cultura Paraná. As inscrições para as masterclasses, workshops e musicalização infantil também podem ser feitas pelo mesmo site.
Palco Novas Sonoridades
Desde 2016 já passaram pelo Palco Novas Sonoridades 31 atrações, de várias partes do país: Marcelo Jeneci (Rio de Janeiro), O Terno (São Paulo), francisco, el hombre (São Paulo), Luiza Lian (São Paulo), Grand Bazaar (São Paulo), Carne Doce (Goiânia), Selvagens à Procura de Lei (Fortaleza), Dingo Bells (Porto Alegre), Bandinha Di Da Dó (Porto Alegre), Orquestra Manancial da Alvorada (Florianópolis), Buguinha Dub (Olinda) e Terra Celta (Londrina), além das curitibanas A Banda Mais Bonita da Cidade, Trombone de Frutas, Confraria da Costa, Gringo’s Washboard Band e Relespública.
O espaço para a música autoral produzida em Ponta Grossa também sempre esteve garantido, passando pelo palco as atrações Cadillac Dinossauros, Alexandre Mello, Solana Dub, Apologia Sul, Brother Soul, Geordani Castilho, A Coisa, Dr. Skrotone & a Máfia do Ska, Índigo, Chave de Mandril, Mantrio, Big Fish Blues, Ursos Caipiras e Trovadores Celtas.
Conheça as bandas
A banda instrumental Bixiga 70 (São Paulo/SP) formou-se a partir da união de vários músicos já conhecidos da cena paulistana e que participavam de projetos desenvolvidos no estúdio Traquitana, no bairro do Bexiga. É formada por Décio 7 (bateria), Marcelo Dworecki (baixo), Cris Scabello (guitarra), Mauricio Fleury (teclado e guitarra), Rômulo Nardes e Gustávo Cék (percussão), Cuca Ferreira (sax barítono), Daniel Nogueira (sax tenor), Douglas Antunes (trombone) e Daniel Gralha (trompete). Os músicos buscam estreitar os laços entre o passado e o futuro através de uma leitura da música cosmopolita de países como Gana e Nigéria, dos tambores dos terreiros, da música malinké, da psicodelia, do dub e de uma atitude despretensiosa e sem limites para o improviso e a dança. Passando pelos maiores festivais e palcos do Brasil, atualmente a banda realiza uma média de mais de 30 shows por ano fora do país, já tendo rodado os cinco continentes e passado pelos principais festivais de música do mundo.
A banda Scalene (Brasília/DF) – vice-campeã do programa Super Star (TV Globo) - é formada por Gustavo Bertoni (guitarra e vocal), Tomás Bertoni (guitarra), Lucas Furtado (baixo) e Philipe Mkk Nogueira (bateria e vocal). Na estrada desde 2009, os integrantes chegaram a festivais relevantes, entre eles o South by Southwest - SXSW (nos EUA), o Rock in Rio (Palco Mundo) e o Lollapalooza Brasil (por dois anos), além de terem conquistado o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa. Com 400 mil ouvintes mensais no Spotify, a banda é tida como expoente do rock nacional.
hoovaranas (Ponta Grossa/PR) lançou o primeiro álbum solo em 2019 com o título ‘Poluição Sonora’. A banda é formada por Eric Santana (bateria), Rehael Martins (guitarra) e Jorge Bahls (baixo). Essencialmente psicodélico, o disco passa por diversos estilos musicais: começa com Surf Music, passa pelo Rock Progressivo e Psicodélico, faz uma referência ao Baião, Tango, Música Egípcia, Música Indiana e acaba no Stoner Rock.
Formada em 2015 a banda Jerimoon (Ponta Grossa/PR) tem a proposta de resgatar canções ‘esquecidas’ da Música Popular Brasileira. Tocando clássicos que há tempos não são tocados, a banda criou um estilo próprio chamado de ‘bregacore’, uma mistura de ritmos que envolvem os clássicos do famigerado brega nacional, reinventado em estilos como Ska, Punk e Hardcore, que dão ao som da banda uma identidade única. A banda, composta por Alain Barros (vocal), Giovanni Biancato (guitarra/teclado), Jean Edilson Butkus Bail (bateria), Kairo Frank Vaz Oliveira (guitarra) e Danilo Alessi (contrabaixo), já passou pelo palco do Festival de Música de Ponta Grossa em 2017, München Fest e foi a banda campeã, por voto popular, do Festival Sou+Música em 2015.
Central Sistema de Som (Curitiba/PR) é uma banda curitibana de groove autoral independente, composta por artistas que transitam entre o popular e o underground. Com referências rítmicas como o funk dos anos 70, afrobeat, reggae roots, dub e a música popular brasileira, o grupo criou um estilo consistente que brotou dessa miscigenação. Na ativa desde 2009, a Central também possui influências da cultura hip hop, que se traduz em seu estilo cosmopolita. Em 2016, lançou o DVD ‘Sete Bilhões de Vozes’ e, em 2018, o álbum ‘Estamos em Groove’, que traz uma pegada social, poética e direta.
A banda Cadillac Dinossauros (Ponta Grossa/PR) é formada por David Barros (vocal e guitarra), Billy Joy (bateria) e Hugo Alex (baixo). A banda ponta-grossense surpreendeu o público carioca, vencendo dois importantes festivais nacionais de música: o FBI (Festival de Bandas Independentes) e o DMX (Digital Music Experience).
Machete Bomb (Curitiba/PR) é formada por Vitor Salmazo (vocal), Otávio Madureira - ‘Madu’ (cavaquinho), Rodrigo Spinardi (percussão), Rodrigo Suspiro (baixo) e Daniel Perim (bateria), surpreendendo pela sonoridade e performance. O grupo já ultrapassou mais de dois milhões de visualizações em seus clipes ao vivo, bateu recorde de visualizações no Showlivre e foi a primeira banda do sul do país no AudioArena (Youtube/BIS).
Criada no início de 2015, a Índigo (Ponta Grossa/PR) é uma banda autoral independente formada por Digo Bittar, André Bornmann, Renan Costa e Patrick Vasconcelos. Em 2017, dentre mais de 200 bandas inscritas, conquistou com a música ‘Estagiário’ uma das 10 vagas para participar do 16° Festival Expressão Livre, de Monte Sião/MG, onde garantiu a 2ª colocação do Prêmio Marcos Roberto Cheres, por votação popular. Nesse mesmo ano foi classificada para participar do 30° Festival Universitário da Canção (FUC), onde se apresentou com a música intitulada ‘Meio Diferente’.
Dandara Manoela (Florianópolis/SC) é cantora, compositora e percussionista. Sua pluralidade musical representa um símbolo de resistência das manifestações culturais afro-brasileiras e de afirmação da mulher negra e lésbica no campo artístico. Além das composições autorais, Dandara faz interpretações de samba, MPB e brasilidades em parceria com musicistas catarinenses. Também integra a banda de samba reggae Cores de Aidê como vocalista. Em 2017, venceu o Prêmio da Música Catarinense nas categorias melhor cantora e artista revelação com a Orquestra Manancial da Alvorada, da qual era integrante na época. Em 2018, no mesmo prêmio, venceu a categoria Melhor Álbum com o ‘Retrato Falado’. Recebeu, em 2018, homenagem da ONG Anitas Liberta, como símbolo de resistência e pluralidade e, em 2019, a medalha Cruz e Souza, que presta homenagem às pessoas negras ou defensores da raça negra no município de Florianópolis.
Gabriela Cordeiro de Paula (Ponta Grossa/PR), mais conhecida pelo nome artístico MUM, é uma cantora e compositora paranaense. O nome MUM vem da abreviação de ‘Mais Uma Mulher’, mas também representado por escrita e sonoridade tem mais dois significados: a mãe (‘mum’, do inglês) e a lua (‘moon’, do inglês). A tríplice da mãe, da lua e da mulher une três pontos chaves nas composições da cantora. A banda é composta pelos musicistas Rafael Arcoverde (guitarra), Walace Matheus (baixo), Lorena Smiguel (piano/synts), Wlader Better (bateria) e Luna Lazuli/Cristian Oliveira (violino). (Com assessoria)
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