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Sábado, 23 de novembro de 2024
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Prefeitura rejeita nova pauta do movimento grevista e vai descontar dias parados

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Prefeitura rejeita nova pauta do movimento grevista e vai descontar dias parados

A Prefeitura de Ponta Grossa rejeitou nesta quarta-feira (13) nova pauta de reivindicações solicitadas pelo movimento grevista dos servidores municipais, através do Sindicato dos Servidores. Quatro pontos fizeram parte da nova pauta: 1)- Reajuste da inflação de 2.76% a partir de julho; 2)- Não haver desconto pelos dias não trabalhados pelos grevistas; 3)- Emenda em lei para definir o indexador para o reajuste dos servidores; e 4)- Atrelar o número de cargos em comissão a 2,5% do total de servidores efetivos.

O itens foram objeto de debate durante assembleia dos servidores grevistas na manhã desta quarta e também foram expostos aos vereadores durante a sessão legislativa pelo presidente do SindServ, Leovanir Martins.

Posteriormente, o governo municipal informou não ter acatado as proposições e reiterou a proposta inicial, de repor a inflação a partir de setembro. Em nota enviada à imprensa, a Prefeitura também alegou que em respeito aos cerca de 90% de funcionários que não aderiram à greve, irá manter o desconto dos dias não trabalhados pelos grevistas. Estima-se que perto de 670 servidores, dos mais de 8,5 mil, aderiram à paralisação. Durante a sessão da Câmara desta quarta, cerca de 150 servidores estiveram presentes (foto).

Confira abaixo a nota enviada pela Prefeitura na íntegra:

"A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa informa que, após recebimento de nova pauta encaminhada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv), rejeita qualquer tipo de ingerência do Sindserv na administração municipal e mantém sua proposta inicial de reajuste salarial, com reposição da inflação do período no mês de setembro, totalizando 2,76%. Além disso, a Prefeitura reitera que realizará a antecipação da primeira parcela do 13° salário até o mês de julho, injetando cerca de R$ 10 milhões na economia do Município. Em respeito aos mais de 90% servidores do funcionalismo público que se mantiveram em suas funções durante o período de paralisação e, considerando ainda a sobrecarga de trabalho que a greve gerou a estes servidores, a Prefeitura realizará desconto dos dias não trabalhados".

Orçamento Câmara

O governo justifica que não possui condições orçamentárias para atender ao reajuste antes do mês de setembro. Chegou a ser cogitado pelo presidente da Câmara, Sebastião Mainardes Junior (DEM), que a sobra do orçamento do Legislativo fosse usado para arcar com o reajuste - cerca de R$ 6 milhões. Entretanto, em reunião com o prefeito Marcelo Rangel (PSDB), este informou que a Secretaria da Fazenda já conta com esses recursos para quitar os salários e parte da segunda parcela do 13º salário em dezembro.

Historicamente, a Câmara não utiliza todo o orçamento a que tem direito. Para este ano, Mainardes planejava usar parte da verba para construir um anexo ao prédio do Legislativo, mas diante das dificuldades financeiras da Prefeitura decidiu não colocar o projeto em execução.

Serviços

O governo municipal informou que a Praça de Atendimento, Mercado da Família, Agência do Trabalhador, Hospital Municipal, Hospital da Criança, UPA Santa Paula, AMTT, Prolar, Cultura e serviços da Assistência Social prestam atendimento e serviços normalmente durante a paralisação.

- 90% das Equipes de Saúde da Família estão prestando atendimento médico. Apenas cinco UBS estão fechadas.

- Na educação, 95% das escolas e Cmeis estão com atendimento normal. Apenas 5 cmeis e uma escola funciona parcialmente;

- O Restaurante Popular prestará atendimento com 50% da capacidade.

Foto: Kauter Prado\Câmara