Os vereadores aprovaram na sessão desta segunda-feira (06) dois projetos de parlamentares que alteram a lei do transporte público coletivo em Ponta Grossa. Proposta do vereador Divo (PSC) implanta o vale transporte "entrevista" e de Celso Cieslak (PRTB) determina a colocação de mecanismos de alerta contra roubos nos ônibus da frota da concessionária do serviço, a Viação Campos Gerais (VCG).
Ambas renderam discussão em plenário. O projeto de Divo acabou aprovado, já em segunda discussão - após um período de vistas -, com seis votos contrários e 15 favoráveis. A iniciativa prevê a concessão de dois passes para pessoas que forem indicadas pela Agência do Trabalhador a participarem de entrevista de emprego.
Inconstitucional?
Os vereadores contrários apontaram que a medida seria inconstitucional, pois pode encarecer a passagem de ônibus. Divo afirma que não, uma vez que a pessoa que usufruir do passe-entrevista precisará ressarcir os valores no caso de conseguir a vaga de emprego. A forma de controle desses passes e a demanda mensal também foram alvo de contestações.
Em relação ao número de usuários, os números foram apresentados de maneira desencontrada durante o debate. O autor fala em torno de 200 pessoas que são indicadas pela Agência do Trabalhador, enquanto o vereador Eduardo Kalinoski (PSDB) alegou que a informação obtida junto à direção da Agência é de que esse número chega a 2 mil por mês.
Kalinoski chegou a pedir vistas por dois dias para retirar o projeto da pauta, mas Divo articulou e venceu a votação em plenário, ficando derrubado o pedido. Agora, vai caber ao prefeito Marcelo Rangel (PPS) a sanção ou veto do projeto.
Alerta de assalto
Já o projeto de Cieslak, aprovado em primeira discussão com um voto contrário, prevê a implantação gradativa de aparelhos que possam servir para aumentar a segurança nos ônibus. Funcionaria assim: o motorista e o trocador dos ônibus terão acesso a um botão, que acionará o letreiro do veículo com uma mensagem de que está sendo assaltado, e também comunicará à central de operação das forças de segurança do ocorrido. A intenção é colocar mais um meio para combater o assalto aos ônibus.
A matéria volta em segunda discussão na sessão da próxima quarta-feira (08).