O vereador Antônio Laroca Neto (PDT) deu pareceres contrários a quatro projetos de lei do Executivo que vão possibilitar a instalação de mais quatro empreendimentos no Distrito Industrial de Ponta Grossa, totalizando quase R$ 50 milhões em investimentos e 326 vagas de emprego direto. Dentro da Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR), ele foi o único, entre os cinco membros, a ser contrário às propostas, apresentando parecer em separado contra o trâmite das matérias.
Veja os projetos com os pareceres:
Justificativas
O vereador, principal opositor ao atual Governo dentro da Câmara, justificou os pareceres dizendo que a legislação eleitoral veda a doação de terrenos durante o período eleitoral. Porém, depois de ver seus pareceres contrários não prosperarem, acabou votando a favor das propostas em plenário, mesmo considerando que são "temporariamente ilegais".
Temporariamente ilegais?
"Trata-se de projetos temporariamente ilegais. Se fosse fora do período eleitoral não teria problema, mas acredito que a lei eleitoral não permite", justificou Laroca, que ocupou o cargo de gerente da Agência do Trabalhador de Ponta Grossa no Governo Wosgrau. Assim, o vereador assumiu uma postura controversa, já que deu parecer contrário, mas votou a favor do que chamou de projetos "temporariamente ilegais".
Técnicos da Prefeitura explicaram que não se trata de benefício em período eleitoral, mas, sim, da sequência de um projeto de atração de indústrias desenvolvido desde o início da atual gestão. Foi esse o entendimento da maioria dos parlamentares.
Atrasos
Com o posicionamento contrário de um dos membros da CLJR, mesmo depois de aprovados em primeira discussão, no dia 29 de agosto, os projetos acabaram sendo retirados para vistas, por 15 dias, quando entraram em segunda votação. Somente depois desse período é que voltaram para ordem do dia e acabaram aprovados pelos vereadores. Agora, estão para sanção do Executivo.
Um atraso na aprovação que vai resultar em atraso na doação dos terrenos pela Prefeitura e, consequentemente, na aplicação dos investimentos e na geração dos empregos.
Empresas investidoras
Querem investir no Distrito Industrial as empresas Madero Indústria e Comércio S/A, PF Manutenção Industrial Ltda – ME, Metalúrgica Melkinox Ltda e a Tecnobloco Artefatos de Concreto Ltda. São milhões em investimentos que irão gerar emprego e renda ao trabalhador e tributos ao Governo Municipal. No caso da Madero, o empreendimento será na ampliação da recente fábrica de hambúrgueres inaugurada no Distrito Industrial.
Para o presidente da Câmara, Sebastião Mainardes Junior (DEM), trata-se de investimentos importantes nessa fase de expansão industrial por qual passa o Município.
Investimentos e geração de emprego:
Madero Indústria e Comércio S/A : R$ 40 milhões e 187 empregos
PF Manutenção Industrial Ltda – ME : R$ 500 mil e 62 empregos
Metalúrgica Melkinox Ltda : R$ 5 milhões e 60 empregos
Tecnobloco Artefatos de Concreto Ltda : R$ 3 milhões e 17 empregos
Total: R$ 48,5 milhões e 326 empregos