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Política 07/11/2016

Corrida pelo Palácio Iguaçu já tem três concorrentes de peso para 2018

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ratinho-cida-osmarA máxima da política de que acaba uma eleição e já começa outra continua valendo. Mal acabou o pleito de 2016, as lideranças políticas contabilizam o salto positivo e o negativo e já estão de olho nas eleições de 2018. Em jogo, também estará a disputa pelo Palácio Iguaçu, que já tem três candidatos de peso: Ratinho Junior (PSD - deputado estadual licenciado e secretário do Desenvolvimento Urbano), Osmar Dias (PDT - ex-senador) e Cida Borghetti (PP - vice-governadora).

Os dois primeiros já haviam declarado a intenção de disputar o Governo do Estado logo após o resultado do segundo turno das eleições no Paraná, enquanto Cida anunciou a sua pré-candidatura em uma nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (07). Os três pré-candidatos são peso pesado, com histórico respeitável no cenário político paranaense.

Candidata à reeleição

Cida deve concorrer às eleições na condição de candidata à reeleição, já que ela mesmo anunciou na nota que o governador Beto Richa (PSDB) tende a se licenciar em março de 2018 para disputar uma cadeira no Senado, como já era esperado Será a primeira mulher a assumir o Governo do Estado e vai testar seu nome nas urnas com o apoio do marido, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), e da filha, a deputada estadual Maria Victória (PP).

Ratinho tem 'Projeto Governo'

Ratinho Junior já alimenta a vontade de concorrer ao Governo Estadual há algum tempo. Desde 2012, pelo menos, quando disputou a Prefeitura de Curitiba e foi o candidato mais votado no primeiro turno, mas acabou derrotado por Gustavo Fruet (PDT) no segundo turno. A decisão em concorrer à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), ao invés de buscar a reeleição para deputado federal, também integra o Projeto Palácio Iguaçu.

Ratinho Junior foi o candidato a deputado estadual mais votado, ultrapassando a casa dos 300 mil votos, e levou consigo para a Alep uma bancada considerável, com mais 11 parlamentares. A ida para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDU) no Governo Richa é outra ação no caminho para ser candidato a governador. Agora, nós próximos dois anos ele vai procurar os apoios para concretizar seu projeto político.]

Osmar na terceira disputa

Osmar Dias já disputou duas vezes o Palácio Iguaçu. Em 2006 foi derrotado por Roberto Requião com um diferença mínima de votos (50,1% a 49,9%), e em 2010 por Beto Richa. Acabou assumindo o cargo de vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, saindo em julho deste ano, após a entrada de Michel Temer (PMDB) na Presidência. Assim, para 2018 o ex-senador pedetista alimenta a vontade de voltar a entrar na briga e já articula apoios nos bastidores.

O seu irmão mais velho, o senador e ex-governador Álvaro Dias (PV), também é cotado para disputar o Governo. E mais uma vez haveria um imbróglio familiar a ser resolvido. Porém, Álvaro também tem o nome ventilado para a Presidência da República, e esse seria um dos motivos de ter trocado o PSDB, onde não teria espaço, pelo PV. Nesse caso, um disputa o Governo do Estado e o outro a Presidência da República.

Apoio de Richa

Resta saber, ainda, quem terá o apoio do governador Beto Richa, que embora tenha tido a imagem arranhada pelo episódio envolvendo os professores, em 2015, é uma liderança que merece respeito no Paraná.

Cida é sua atual vice, com quem mantém uma boa relação. Ratinho é seu secretário, embora dizem que a relação está desgastada depois de o PSD apoiar Ney Leprevost para a Prefeitura de Curitiba, enquanto Richa esteve na campanha do prefeito eleito Rafael Greca (PMN). Com Osmar, mesmo em grupos políticos diferentes, há quem defenda dentro do atual Governo uma aliança com o pedetista. Será uma decisão difícil para o governador que planeja virar senador após o seu segundo mandato no Palácio Iguaçu.

Deste cenário com os três concretizando suas candidaturas, muito provavelmente um deles será o próximo a ocupar a cadeira que hoje é de Richa, até 2022.