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Terça, 23 de abril de 2024
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Política 20/10/2021

"Entendo injusta a decisão do TSE", afirma Subtenente Everton

Deputado estadual teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral em julgamento realizado na terça-feira (19). Confira a nota emitida nesta quarta (20) pelo parlamentar do PSL

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"Entendo injusta a decisão do TSE", afirma Subtenente Everton

O deputado estadual Subtenente Everton (PSL) encaminhou nesta quarta-feira (20)à imprensa, uma nota oficial em que expõe a sua opinião acerca do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizado ontem (19), que resultou na cassação do seu mandato na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

O parlamentar disse respeitar a decisão da Corte, mas que se sente injustiçado, por acreditar não haver motivo sólido para uma punição tão severa quanto a cassação do mandato. Segundo ele, sai da vida pública de "cabeça erguida". Confira a seguir a nota na íntegra:

Na noite desta terça-feira (19/10), o Tribunal Superior Eleitoral decidiu cassar meu mandato. O motivo de tal decisão foi o fato da Justiça Eleitoral entender que a manifestação de uma associação de militares da reserva em pedir apoio e votos nas eleições de 2018 à minha candidatura a deputado estadual, sem o meu conhecimento, foi atitude grave que mereceria repreensão com a perda do mandato. 

O Tribunal Regional Eleitoral havia entendido que não havia lesividade suficiente para desequilibrar o resultado das eleições e acertadamente decidiu que a pena de perda do mandato seria desproporcional e demasiadamente grave. Contudo, o Ministério Público entendeu por recorrer da sentença.

Entendo injusta a decisão do TSE, pois fui punido por uma situação fora do meu controle e sem que tivesse conhecimento do modo como a referida associação de militares pensou em como me apoiar. Confesso que fiquei estarrecido com o resultado de ontem. Primeiro porque minha campanha custou  pouco mais de R$15 mil, fruto de doações de amigos, apoiadores e economias pessoais, sendo a mais barata dentre os deputados estaduais eleitos. Segundo, porque o entendimento do Ministério Público e do TSE de que houve abuso de poder econômico em razão de um informativo de meia dúzia de páginas de uma associação de militares aposentados, feito sem meu conhecimento, teve o poder de desequilibrar as eleições, é completamente desprovido de qualquer razoabilidade. 

Não recebi um único centavo de fundo partidário ou fundo eleitoral na campanha de 2018. Trabalhei com afinco para tentar me colocar à disposição dos paranaenses e exercer um mandato digno, voltado para as pessoas.

Ontem, entendi que o TSE decidiu punir uma campanha sem recursos.  Os princípios constitucionais da proporcionalidade, razoabilidade, isonomia e equidade, foram simplesmente rasgados. Mas, decisão judicial se cumpre e como bom militar vou me resignar e obedecer, mesmo que seja uma decisão injusta.

Saio da vida pública de cabeça erguida, feliz por ter conseguido aprovar leis importantes para as pessoas com deficiência e em ter defendido a primeira infância: A lei 20371/2020 que determina prazo de validade indeterminado o laudo médico de diagnóstico do autismo, que ajudou milhares de famílias; A lei 20443/2020 que instituiu cotas de ingresso nas universidades estaduais para as pessoas com deficiência para garantir acessibilidade às pessoas que mais precisam de formação; A lei 20671/2021 que amplia o teste do pezinho para garantir detecção precoce de doenças que afligem as famílias; dentre outras leis importantes e centenas de projetos de lei, requerimentos e indicações.

Saio ciente de que pude contribuir para melhorar a vida de pessoas que são completamente esquecidas pelo poder público. O trabalho do mandato está documentado e fundamentado em pautas direcionadas às pessoas mais vulneráveis da sociedade. Aproveito para falar que a missão da inclusão, da luta em prol das pessoas com deficiência se tornou além da vida pública, é de vida. 

Deus sabe o que faz e é bom o tempo todo! Vida que segue!

 

Foto: Tribuna do Paraná