Após criticarem a Viação Campos Gerais (VCG), na semana passada, diante da possibilidade do não pagamento dos funcionários da empresa, os vereadores querem agora que o Governo Municipal arque com as despesas dos salários, que estão atrasados desde a última quinta-feira (25).
Dezessete dos 19 parlamentares assinam uma Moção de Apelo dirigida à prefeita Elizabeth Schmidt (PSD) com esta finalidade, que será votada na sessão desta segunda-feira (29) do Legislativo. Apenas o presidente da Casa, Daniel Milla (PV), e o vereador Valter de Souza (PRTB), em prisão domiciliar, não assinam a moção.
Confira a Moção de Apelo na íntegra:
Nº 87/2021 dos Vereadores DIVO, DR. ERICK, DR. ZECA, EDE PIMENTEL, FELIPE PASSOS, FILIPE CHOCIAI, GERALDO STOCCO, IZAIAS SALUSTIANO, JAIRTON DA FARMACIA, JOCE CANTO, JOSI DO COLETIVO, JULIO KULLER, LEANDRO BIANCO, LÉO FARMACÊUTICO, MISSIONÁRIA ADRIANA, PASTOR EZEQUIEL BUENO e PAULO BALANSIN, MOÇÃO DE APELO
Dirigida à Excelentíssima Senhora Prefeita de Ponta Grossa, Sra. Elizabeth Silveira Schmidt, para que Sua Excelência determine aos departamentos competentes da municipalidade, estudos de viabilidade para determinar, ainda que judicialmente, o pagamento dos colaboradores da Viação Campos Gerais pela respectiva Concessionária ou, ainda, que a Paço Municipal efetue o pagamento de forma a contornar os impactos econômicos causados pelo lockdown na vida dos labutadores.
Sem previsão
A concessionária não informou quanto é o montante devido aos funcionários, mas afirmou que não tem recursos e que não há previsão de quitação, nem para os atrasados e nem para os vencimentos futuros.
O entendimento do Governo Municipal, emitido em nota na semana passada, é de que a obrigação do pagamento dos salários dos funcionários é exclusivamente da empresa, e que um subsídio neste momento está descartado, diante de um cenário em que os recursos municipais estão sendo direcionados prioritariamente no enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus.
O transporte coletivo em Ponta Grossa está suspenso até o próximo domingo (4), por determinação do decreto com restrições à circulação de pessoas para conter o avanço da pandemia na cidade.
Foto: CMPG
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